Em reunião realizada quarta-feira, 22, para definir a implementação do acordo pactuado pela Petrobrás com a FUP e seus sindicatos de pagamento dos três níveis (2004, 2005 e 2006) devidos aos aposentados e pensionistas, o Conselho Deliberativo da Petros adiou a decisão, alegando necessitar de “pareceres técnicos que demonstrem as vantagens financeiras diretas e indiretas em relação ao acordo”. A maioria dos conselheiros deliberou por manter o assunto em pauta. O diretor da FUP e conselheiro eleito, Paulo César Martin, foi o único que votou contra esse encaminhamento, destacando em ata que “a demora na implementação deste acordo acarreta mais prejuízo para o Plano, visto que, mais e mais assistidos continuarão ingressando com processos judiciais o que aumentará o passivo do Plano Petros”.
Em seu voto, Paulo César deixou claro que o item em pauta na reunião de deliberação do Conselho é “o cumprimento de um acordo coletivo celebrado entre os participantes e as patrocinadoras do Plano Petros” e que, portanto, “o Conselho Deliberativo ao não aprovar nesta reunião a implementação do acordo e o consequente pagamento dos níveis, está se posicionando contra a vontade dos participantes e das patrocinadoras signatárias do citado acordo”.
Acesse aqui a Ata da reunião do Conselho Deliberativo da Petros
Para a FUP e seus sindicatos, a decisão do Conselho Deliberativo da Petros de não aprovar imediatamente o pagamento dos níveis, além de prejudicar mais de 34 mil aposentados e pensionistas, é um claro descumprimento de acordo legitimamente pactuado com a Petrobrás e suas subsidiárias, que são as patrocinadoras do Plano Petros. Fica também evidente para a categoria que a Petrobrás não envidou os esforços necessários para que o acordo fosse aprovado no Conselho Deliberativo da Petros, cuja decisão é centrada nos votos dos conselheiros indicados pela empresa.
“Ficou claro que estes conselheiros na realidade estão se omitindo e se preservando enquanto esperam o resultado da eleição presidencial. Estão vergonhosamente se escondendo para ver o que vai acontecer depois de domingo”, criticou o diretor da FUP, Paulo César Martin.
Fonte: FUP