Conselho Deliberativo da FUP discute próximos passos da campanha de PLR e agenda de lutas

Reunião será nesta segunda-feira, 27, às 14h, no auditório do Sindicato dos Bancários, no Rio de Janeiro.





Imprensa da FUP

Sem avanços da Petrobrás na reunião de negociação da PLR, realizada no último dia 21, a FUP convocou o seu Conselho Deliberativo para que os sindicatos discutam e apontem estratégias e uma agenda de luta para arrancar uma proposta que esteja à altura da riqueza que os petroleiros têm gerado para a empresa e o país. A reunião do Conselho será nesta segunda-feira, 27, a partir das 14 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários, no Rio de Janeiro. 

Além de não apresentar uma nova proposta para pagamento e distribuição da PLR, a Petrobrás recusou-se a assumir qualquer compromisso em relação à cobrança da FUP  e do Sindipetro-RS de que não haja privilégios para os cargos comissionados. A Federação reiterou que não admitirá que a empresa repita a traição que fez à categoria no ano passado, quando, a menos de um mês do fechamento da campanha de PLR, pagou 0,6 remuneração aos gerentes e demais cargos de confiança. Além de desrespeitar os trabalhadores, a Petrobrás atropelou a mesa de negociação, ao reeditar a condenável política de bônus sem qualquer discussão prévia com o movimento sindical.  
 
Na reunião do dia 21, a FUP e o Sindipetro-RS deixaram claro que é preciso que haja transparência e democracia na forma de distribuição dos lucros construídos pelos trabalhadores, conforme reivindica a categoria na proposta de PLR futura. Portanto, é inadmissível que a Petrobrás privilegie gerentes, consultores, supervisores, coordenadores e outros cargos comissionados, em detrimento da maioria dos trabalhadores. A FUP e o Sindipetro-RS frisaram que este ponto é fundamental para o processo de negociação da PLR e que a empresa tem condições de avançar na construção de uma proposta que atenda a categoria.
 
Os números analisados pela assessoria econômica da FUP, através do Dieese, revelam que isso é plenamente possível. Basta a Petrobrás querer. O piso proposto pela empresa cresceu 7,6% em relação ao que foi conquistado pelos trabalhadores na campanha passada. Enquanto isso, o lucro líquido subiu 16,95% entre 2009 e 2010 e os dividendos pagos aos acionistas cresceram 40,42% no mesmo período.  Portanto, há condições da Petrobrás construir uma proposta que valorize todos os seus trabalhadores, sem tratar de forma privilegiada uma parcela que já tem uma remuneração diferenciada.