Conselho de Administração da Petrobrás delibera sobre a venda da Rlam

O Conselho da Administração (CA) da Petrobrás se reúne nesta quarta-feira, 24, para deliberar sobre a privatização da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o fundo árabe Mubadala, de Abu Dhabi. Esta privatização vem sendo feita com valores infinitamente abaixo do mercado.

O desmanche do governo federal para com a soberania energética do Brasil, é claramente uma jogada política, isso trará ainda mais prejuízo à sociedade brasileira. O Sindipetro BA repudia este desmantelo da estatal na Bahia, Roberto Castello Branco atual presidente da Petrobrás, quer privatizar a Rlam antes de encerrar sua gestão na estatal.

De acordo com os documentos enviados aos conselheiros na semana passada, o valor oferecido pelo fundo árabe está abaixo de mercado, isto porquê o caos sanitário se instaurou no país. A Petrobrás que utiliza da política de preços equiparada os preços dos derivados de petróleo ao dólar e ao mercado internacional desde o governo Temer (2016), vem sendo rechaçada por todo povo brasileiro.

A refinaria começou a ser construída em 1949 e com funcionamento datado em 17 de setembro de 1950, está diretamente ligada à descoberta dos primeiros poços de petróleo no Brasil, precisamente no Recôncavo Baiano. Formou uma classe operária egressa do trabalho com a pesca e a agricultura, inaugurando assim um novo ciclo econômico. Com a criação da Petrobras, em 1953, a refinaria foi incorporada ao patrimônio da companhia, passando a se chamar anos depois Refinaria Landulpho Alves, em homenagem ao engenheiro e político baiano que muito lutou pela causa do petróleo no país. Vale ressaltar que a Rlam atualmente tem mais de 2000 funcionários, entre próprios e terceirizados.

Ainda que a estatal afirme que os valores de venda e privatização das unidades da Petrobrás na Bahia sejam auditados por órgãos de controle, o Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia, repudiam toda essa ação de perda do nosso patrimônio nacional.

[Da imprensa do Sindipetro BA]