Conselheira eleita votou contra antecipação de dividendos para os acionistas da Petrobrás

Com voto contrário da conselheira eleita pelos trabalhadores, Rosângela Buzanelli, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou na quinta-feira passada, dia 28/10, o pagamento de antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2021, no valor total de R$ 31,8 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões). Seu voto foi o único contrário.

“Eu reprovei essa antecipação e tomei essa decisão não por discordar da distribuição dos dividendos aos acionistas, mas por não concordar com a forma e o volume distribuído”, afirma a representante dos trabalhadores no CA da Petrobras.

Em nota em seu blog, Rosângela explica que o pagamento de dividendos aprovado pela gestão da empresa se soma aos R$ 31,6 bilhões anunciados em 4 de agosto, totalizando R$ 63,4 bilhões (cerca de US$ 12 bilhões) em antecipação aos acionistas, referentes ao exercício de 2021.


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“Reconheço que é necessário e legal remunerar os acionistas e que a distribuição está em consonância com a política de pagamento de dividendos da empresa. Mas eu não pude aprovar. Não pude aprovar porque nesses resultados financeiros estão embutidas as privatizações que desverticalizam e apequenam a Petrobrás e uma política de preços inconciliável com a missão genética da Petrobrás, que é servir ao Brasil e aos brasileiros, diferentemente da atual, focada no máximo retorno aos acionistas. O tamanho da Petróleo Brasileiro S.A., a nossa Petrobrás, é o tamanho do Brasil”, disse Rosangela.

[Do blog de Rosângela Buzanelli]