De 11 a 13 de julho, o Sindipetro/MG promoveu o 38º Congresso Estadual de Petroleiros de Minas Gerais, cujo tema foi “Construir uma nova Petrobrás mais diversa, mais humana e mais forte”. O evento contou com convidados especiais nas diversas mesas sobre temas da conjuntura política e da Petrobrás, assim como reflexões sobre diversidade e combate às opressões, trazendo mais consciência sobre as lutas das pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, das mulheres e da população negra.
As lutas pelo fim dos PED´s também foram debatidas pelos dirigentes sindicais e conselheiros deliberativos da Petros, Radiovaldo Costa e Vinícius Camargo. Eles traçaram um panorama sobre as discussões do Grupo de Trabalho da Petros e as perspectivas, após a vigília feita pelos aposentados na porta da Petrobrás. Segundo eles, é preciso trabalhar na esfera política, jurídica e continuar a mobilização.
“A Petrobrás que queremos em Minas” foi o tema da Mesa que teve como debatedor o técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Mahatma Ramos. Ele lembrou que a política de desinvestimento na Petrobrás fez com que diminuíssem os postos de trabalho na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. “A Regap deve se integrar ao programa de biorefino, aumentar a capacidade de tancagem e de plantas de biogás no estado de Minas Gerais”, recomendou.
A Plenária final Congresso Estadual aprovou a construção de um documento guia com propostas nesse sentido, reafirmando a necessidade de ampliação da Regap e incorporação das Usinas da Pbio ao Sistema Petrobrás; avanços sobre investimentos em Minas, levando em conta o potencial mineiro para desenvolvimento de projetos envolvendo novas tecnologias (hidrogênio verde, biometano, energia fotovoltaica). Sobre o setor de fertilizantes, a proposta é de retomada do projeto em Uberaba; investimento em distribuição, transporte e logística e recompra dos dutos de gás. Além de melhoria nas relações com os trabalhadores, com respeito aos direitos e a diversidade, além de salários e benefícios dignos.
No último dia, os participantes discutiram e aprovaram pautas sobre Plano de Cargos, com a premissa de unificar os dois planos existentes (PCAC e PCR), e garantir os melhores benefícios de ambos, além de reparar perdas desde a implantação do PCR, além de propostas de melhorias em vários pontos; também questões sobre terceirização, alimentação, SMS e PLR. Houve a discussão sobre mudanças no Estatuto da entidade, cujos pontos serão debatidos com a categoria para aprovação no próximo Congresso de Petroleiros de Minas.
A Plenária final também aprovou moções e elegeu a delegação que participará da 11ª Plenária Nacional da FUP. “A profundidade com que os temas foram debatidos e as resoluções deste Congresso nos deram mais energia para as lutas que teremos pela frente”, avaliou o coordenador do Sindipetro/MG, Guilherme Alves.
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