Após mais de dois anos de luta dos movimentos sociais, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação…
Após mais de dois anos de luta dos movimentos sociais, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM) teve início em Brasília com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e cerca de duas mil e quinhentas pessoas, entre delegados/as, observadores/as e convidados/as do governo, dos movimentos sociais e de empresas do ramo da comunicação. A Conferência tem como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e acontece até quinta-feira (17), no auditório Ulysses Guimarães.
A mesa de abertura contou com a presença de Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, que reafirmou que os movimentos sociais estão à frente da realização da CONFECOM. “Esta Conferência é fruto da organização dos movimentos sociais e é o primeiro resultado de nossa luta histórica pela democratização da comunicação em nosso país. Temos esta certeza e, da mesma forma, temos coragem e energia para continuar esta luta que não termina no dia 17 com a Conferência, ela é construída dia-a-dia com toda a sociedade. Se for preciso, iremos às ruas para fazer valer esse direito, pois nunca haverá democracia neste país enquanto não houver democratização nos meios de comunicação.”
Também estiveram presentes o coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schroeder; o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci; o ministro das Comunicações Hélio Costa; o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Franklin Martins;
o presidente da Câmara, Michel Temer; Marcelo Bechara, consultor jurídico do ministério da comunicações e o presidente do Grupo Bandeirantes Johnny Saad.
“Nas 27 unidades da Federação tivemos a realização das Conferências municipais e estaduais e todas elas foram marcadas pelo diálogo e pela convivência democrática”, disse Lula. O presidente lamentou o fato de algumas entidades da área de comunicação terem ficado de fora da Conferência. “Infelizamente alguns se negaram a participar deste processo democrático temendo sei lá o quê, mas cada um é dono de suas decisões e sabe aonde aperta o calo”.