Condenar sem culpa é covardia

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Cedro Silva – presidente da CUT-BA

A justiça julga e condena sem provas lutadores do povo brasileiro na tentativa de parar o projeto que distribui renda e faz inclusão social.

A semana passada foi muito triste para todos nós que lutamos por um país livre, democrático e soberano. Ver a injustiça cometida pela Justiça que julgou e condenou sem provas aqueles que dedicaram suas vidas à luta pela justiça, democracia e igualdade social. Este país não seria mais nosso se não fosse o Zé, o Genoíno e outros tantos herois conhecidos e anônimos. As lutas, guerras e batalhas não foram em vão.

Além de nos darem um norte e um rumo político, social e econômico, multiplicaram o exército de brasileiros e brasileiras que se levantaram para se somar à luta que é de muitos, contra a elite que teima em entregar o nosso país e condenar milhares à escravidão e à morte. Eles estão sendo condenados e presos por isso, porque contrariaram os interesses do capital antagônico ao nosso.

A justiça falhou e não foi de graça. O capital pressionou. A mídia tratou de construir a opinião pública desfavorável aos condenados sem provas. Eles não perdoam os brasileiros que amam a sua pátria, que se importam com um projeto coletivo de pais. A mídia, falsos juízes e falsos parlamentares sempre agiram desta forma diante de governos democráticos e de direito.

É preciso dizer à nossa população que ela está sendo enganada. Que estão julgando e condenando lutadores da causa popular porque essas lideranças lhes defendem. Defendem seu emprego, defendem o pão na sua mesa e as políticas públicas e de qualidade para todos. Isso tem preço. E é muito alto. Organizar um partido, uma central, mobilizar milhões de pessoas à exploração do capital, custou e está custando muito a cada um de nós.

A cada dia enfrentamos uma nova batalha. Todos os dias nascem lideranças e assim vamos construindo o amanhã com responsabilidade no todo. Essas são lições da luta de todos os dias que travamos para sempre. A responsabilidade por um país melhor sempre foi nossa. Combatemos a ditadura. Exigimos a redemocratização. Combatemos a globalização da economia e as políticas neoliberais. Fomos protagonistas das eleições diretas. Esses são alguns exemplos que podemos citar para melhor compreender a raiva e o preconceito das elites contra nosso projeto de inclusão social.

Nosso projeto distribui renda. O projeto do capital que manda a justiça condenar sem provas concentra renda nas mãos de poucos. É por isso que reafirmo porquê não nos perdoam: sentem-se ameaçados pela distribuição da renda. Isso é projeto nosso: distribuir renda. Para continuarem ganhando sempre muito mais, eles mandam prender sem provas nossas lideranças idealizadoras do nosso projeto.

Para destruírem o projeto do povo eles não têm limites. Destroem o que interessa ao povo para continuarem reinando sozinhos. Essa é uma luta que não acaba nunca. Outros Zés e Genoínos já nasceram e estão em campo. Sabemos o que queremos e onde vamos chegar. Abre-se uma nova janela na política brasileira, o povo saberá julgar.

Nunca se viu a vida dos mais pobres melhorar tanto. É isso que eles querem acabar: o Bolsa Família, Luz para Todos; programas como o que leva a água para o campo; a educação que segue avançando via programas sociais com mais bolsas de estudo; o programa Mais Médicos. Somos nós responsáveis por todas estas transformações sociais e por isso, o país avança. Enfrentar o capital, falsos juízes e falsos políticos requer coragem e ousadia e isso não nos falta.

A população sabe e tem confiança que não arredaremos um só milímetro na defesa dos interesses dos brasileiros. Zé, Genoíno e outros companheiros não estão sozinhos. Eles sabem disso. Podem contar com a gente. Entendemos o papel deles para que o Brasil chegasse hoje ao que chegou, inclusive sob a liderança do presidente Lula e a gora da presidenta Dilma.

Em 2014 continuaremos com o nosso projeto vitorioso e aprofundaremos as reformas que precisam ser feitas, como a reforma política via constituinte convocada com esta finalidade. Assim, elevaremos mais um grau na escalada do nosso país rumo ao socialismo ampliando a base de representação da maioria da nossa população que não tem representantes no congresso.