Pressão total: petroleiros aprovam estado de greve e paralisação dia 03

Trabalhadores próprios e terceirizados do Sistema Petrobrás exigem avanço na campanha reivindicatória…





Imprensa da FUP

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás aprovaram nas assembléias o calendário de luta indicado pelos sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP. Os petroleiros próprios e terceirizados estão em estado de greve e irão parar por oito horas na próxima sexta-feira, 03, em resposta às provocações dos gestores da Petrobrás, que, além de não avançarem no processo de negociação, ainda discriminaram a categoria com o indecoroso abono pago aos gerentes e demais funções gratificadas, em plena campanha salarial.

Na retomada da negociação com a empresa, na quinta-feira, 26, a FUP reafirmou a pauta de reivindicações dos trabalhadores e cobrou uma nova proposta. Mas para fazer a Petrobrás avançar, é preciso luta e unidade. A hora agora é de pressão total!

Segurança e respeito aos terceirizados

Além do estado de greve e da paralisação de oito horas na próxima sexta-feira, 03, os petroleiros retomarão as mobilizações por segurança, através de operações padrões, suspensões de PTs e outras formas de mobilização. Assim como a proteção dos direitos dos companheiros terceirizados, esta é uma luta que é de toda a categoria e, portanto, tem que ser construída diariamente nas bases, com unidade e solidariedade, a exemplo das mobilizações na Bacia de Campos, que estão impulsionando mudanças no SMS.

Na rodada de negociação com a Petrobrás, ficaram novamente explícitas a falta de interesse e a má vontade dos gestores da empresa em garantir a cobertura das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados. Eles continuam alegando dificuldades e impeditivos jurídicos para colocarem em prática o que prometeram à categoria. Já quando se trata de seus interesses coorporativos, os gestores da Petrobrás são incrivelmente ágeis ao encontrar soluções mirabolantes e justificativas jurídicas para burlar e descumprir normas de SMS e legislações ou para privilegiar seus pares, com abonos discriminatoriamente pagos a quem já recebe remunerações extraordinárias, como fizeram recentemente, em plena campanha salarial.

Abaixo assinado contra abono discriminatório

O abaixo assinado repudiando esta tentativa da empresa de dividir a categoria foi aprovado e imediatamente iniciado nas assembléias. O documento está correndo todas as bases, mobilizando trabalhadores próprios e terceirizados contra o abono discriminatório. Mais uma vez, a unidade se faz presente na luta da categoria, aumentando a pressão sobre os gestores da Petrobrás.

Ganho real para todos

Da mesma forma que privilegiaram as funções gratificadas com o indecoroso abono, os gestores da Petrobrás tentam novamente discriminar os trabalhadores na campanha salarial. A proposta feita pela empresa e rejeitada pela FUP na mesa de negociação privilegia quem ganha mais. A FUP tornou a ressaltar na reunião de quinta-feira (26), que o aumento proposto pela Petrobrás na RMNR é insuficiente e discriminatório e reafirmou a reivindicação dos trabalhadores de 10% de ganho real na tabela salarial. A Federação também criticou o abono de 80% de uma remuneração proposto pela empresa, pois segue a mesma lógica de privilegiar os altos salários, em detrimento dos que ganham menos.

Programa Jovem Universitário

Uma das principais reivindicações desta campanha são melhorias no Programa Jovem Universitário, principalmente no que diz respeito à tabela de reembolso do benefício, que precisa ser revista e atualizada, pois está muito aquém dos valores cobrados pelas universidades. Este ponto foi frisado, novamente, pela FUP na retomada da negociação com a Petrobrás.  

O momento, portanto, é de aumentar a pressão sobre a empresa. Vamos intensificar as mobilizações aprovadas nas assembléias, com todos juntos na luta, trabalhadores próprios e terceirizados. Só assim, conquistaremos avanços no processo de negociação.