A Comissão Especial da Câmara dos Deputados votou pela aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, por 38 votos, contra 27 deputados que foram contra o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O processo segue agora para o Plenário da Casa.
A votação final está prevista para ocorrer neste final de semana, tendo o desfecho neste domingo (17), paralelamente a manifestações organizadas por movimentos pró-impeachment em todo o Brasil, decisão que foi planejada, previamente, por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
Agora, o Plenário necessita de 172 votos para barrar o processo no plenário da Câmara. Já os opositores precisam de 342 deputados a favor do impeachment, para mandar o julgamento político ao Senado.
Um dos partidos com bancadas mais indecisas no posicionamento é o PP. O presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), garantiu ao menos 30 dos 51 deputados em reuniões com o ex-presidente. Entretanto, o PMDB procurou líderes da sigla e acredita que conseguirá angariar mais de 50% dos dissidentes, além do PP, do PR e do PSD.
O deputado Jerônimo Georgen (PP-RS), por exemplo, anunciou na noite deste domingo (10) que nove diretórios estaduais do PP tinham fechado posição favorável ao impedimento, incluindo os de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
Somado ao orquestramento do impeachment, também se espera que uma nova fase da Lava Jato seja deflagrada nesta semana, com mais pressão à crise política enfrentada pela presidente Dilma – possibilidade adiantada por grandes veículos, que receberam previamente as informações.
A imprensa prevê que o “furo” jornalístico de duas delações premiadas de ex-executivos da Andrade Gutierrez implicando as campanhas de Dilma com dinheiro proveniente de corrupção da Petrobras foi decisivo para virar o cenário favorável de Lula e do PT, que articularam junto aos parlamentares do PP, PR e PSD – garantindo, por exemplo, cadeiras do Executivo deixadas pela PMDB.
O pedido de impeachment aceito por Cunha e aprovado pela Comissão do Impeachment tem como fundamento as chamadas “pedaladas fiscais” do ano de 2014, apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Confira, abaixo, as orientações de cada partido:
SIM
PSDB
PSB
DEM
PRB
PTB
SD
PSC
PPS
PV
PMB
Minoria
NÃO
PT
PR
PSD
PDT
PTN
PC do B
PSOL
Rede
PT do B
PEN
Governo
LIBEROU BANCADA
PMDB
PP
PHS
PROS
Fonte: Jornal GGN