Com trabalhadores em estado de greve, Petrobrás retoma negociação com a FUP

Os petroleiros estão em estado de greve e mobilizados para pressionar a empresa a avançar na negociação…





Imprensa da FUP

O Conselho Deliberativo da FUP deu prazo até esta quarta-feira, 15, para a Petrobrás apresentar uma nova proposta salarial. Os petroleiros, que estão em estado de greve, têm intensificado as mobilizações, cobrando avanços da empresa no processo de negociação. A pressão da categoria começa a fazer efeito. Nesta terça-feira, 14, a Gerência de RH da Petrobrás enviou documento à FUP, agendando nova reunião nesta quarta, às 15 horas. 

Os trabalhadores estão mobilizados em todo o país, prontos para uma greve, caso não haja avanços no processo de negociação. A paralisação de advertência indicada pela FUP no último dia 03 deu o recado aos gestores da Petrobrás. De norte a sul do país, os petroleiros atenderam o chamado da FUP e interromperam suas atividades por oito horas ou mais, inclusive em algumas bases cujos sindicatos se desfiliaram da Federação.

Além do vergonho abono pago às funções gratificadas, a Petrobrás novamente tenta discriminar os trabalhadores na campanha salarial, propondo uma gratificação extraordinária de 80% sobre uma remuneração, em vez de avançar no ganho real reivindicado pela FUP. Ou seja, a empresa continua querendo privilegiar os altos salários, em detrimento dos que ganham menos. Além disso, a Petrobrás continua sem avançar em relação à proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados, que continuam sofrendo com atrasos nos salários e desrespeitos por parte das empresas contratadas, principalmente, durante as rescisões de contratos. Outra reivindicação da FUP que a Petrobrás ainda não respondeu são melhorias no Programa Jovem Universitário, como revisão e atualização da tabela de reembolso do benefício, que está muito aquém dos valores cobrados pelas universidades.

O Conselho Deliberativo da FUP voltará a se reunir para discutir a organização de uma greve nacional, caso a empresa não avance no atendimento das principais reivindicações da categoria. A hora, portanto, é de aumentar a pressão sobre a Petrobrás, intensificando as mobilizações, com todos juntos na luta, trabalhadores próprios e terceirizados. Sem avanço, é greve!