O objetivo é unificar nas manifestações da PLR a luta por condições seguras de trabalho, contra a precarização da terceirização e por uma AMS de qualidade…
Imprensa da FUP
A nova proposta de PLR apresentada pela Petrobrás, além de não avançar significativamente nos valores e na forma de distribuição do lucro construído pelos trabalhadores, não faz qualquer referência ao condicionante deliberado pela categoria nas assembléias. Os petroleiros deixaram claro que com surbônus, não tem acordo. Mas os gestores da Petrobrás se recusam a assumir qualquer compromisso de que não pagarão bônus para os gerentes e demais cargos comissionados. Além disso, os novos valores da PLR elevam em 7,6% o piso anteriormente proposto, sem avançar na forma de distribuição, com transparência e democracia, como cobra a FUP e seus sindicatos.
Enquanto economizam na PLR dos trabalhadores, os gestores da Petrobrás privilegiam seus executivos e os acionistas, cujo montante dos dividendos subiu 40% em relação ao que foi distribuído no ano passado. Ou seja, querem afrontar os trabalhadores, transformando a campanha da PLR em uma disputa política a favor dos gerentes, os mesmos que tentaram rifar a empresa ao defender sua privatização.
Buscar nova proposta na luta!
A nova proposta de PLR já nasceu rejeitada, pois, além de não avançar nos valores e na forma de distribuição, não atendeu ao condicionante aprovado pelos trabalhadores. A FUP convoca a categoria a intensificar a luta por uma PLR democrática, transparente e sem privilégios. No Conselho Deliberativo, os sindicatos apontaram uma mobilização nacional para o próximo dia 27, com 24 horas de vigílias em frente às unidades e operações padrões, com cortes na emissão de PTs.
A data marca o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. O objetivo é unificar nas manifestações da PLR a luta por condições seguras de trabalho, contra a precarização da terceirização e por uma AMS de qualidade. Além disso, nos próximos dias, os sindicatos realizarão seminários regionais de qualificação de greve, onde os trabalhadores discutirão a construção de novas estratégias de luta para fortalecer a categoria no embate com os gestores do Sistema Petrobrás.
Por que os divisionistas não se posicionam contra o surbônus?
Será que no dia 27 os divisionistas irão novamente pegar carona no calendário de luta da FUP e depois anunciar para a categoria que o indicativo foi deles? Essa tem sido a tática do grupamento comandado pelo PSTU/SemLutas que, além de não construir um calendário próprio de mobilizações, estão escamoteando a disputa ideológica e política em que os gerentes transformaram a campanha da PLR. As direções dos sindicatos dissidentes preferem jogar para debaixo do tapete a principal questão que está em jogo nesta campanha: a volta do surbônus. Por que será que até agora, os divisionistas não entraram na luta contra essa imoralidade? Estão com receio de desagradar os gerentes que fazem parte significativa de suas bases sociais?