Rede Brasil Atual
O profissional qualificado em engenharia do petróleo está “na mira” da indústria petroleira, que quase não encontra este tipo de mão de obra no país. É o que explica o professor e diretor do Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) da Unicamp, Osvair Vidal Trevisan.
“Ao terminar o curso, ele já está automaticamente contratado. As dificuldades que temos hoje na universidade é segurar os alunos aqui, porque ele nem terminou o curso e já vem propostas de emprego”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.
De acordo com Trevisan, o mercado está ávido por mão de obra qualificada porque esta indústria esteve pouco aquecida antes do governo Lula. Com a demanda de energia, as oportunidades não apareceram somente no Brasil, mas também no exterior, de acordo com o diretor do Cepetro.
“Os EUA também descobriram grandes reservas de gás em seu território. Na costa da África tem pré-sal, é igualzinha à costa brasileira. Isso demanda gente preparada e capacitada, e as empresas são mundiais. As oportunidades para os jovens nunca estiveram tão boas.”
O estudante de Engenharia de Petróleo na área de reservatórios Antônio Elias Júnior, que faz doutorado no Cepetro da Unicamp, conta que só no ano passado recebeu três convites de emprego. “Na área do petróleo o salário é cerca de 30% maior ao de um engenheiro de outra área. As propostas são bastante boas.” Segundo ele, os salários podem chegar a R$ 30 mil.