Com organização e luta, trabalhadores da Elfe, na Bahia, fazem valer seus direitos

Foram cinco dias de paralisação (de 7 a 11/02), resistindo à pressão e ao assédio moral da empresa, mas hoje os trabalhadores da Elfe, do contrato da Unidade de Negócios (UN-BA) da Petrobrás, em Taquipe, na Bahia, comemoraram, na manhã desta segunda-feira (14), em assembleia, o resultado da união que proporcionou os avanços, fazendo com que a direção da Elfe atendesse a todas as suas reivindicações.

Ainda durante a paralisação, na sexta-feira (11), o Sindipetro procurou o Gerente Geral da UN-BA e pediu a intervenção da Petrobrás para sanar as irregularidades e avançar nas reivindicações. Pressionada pela paralisação dos trabalhadores, pelo Sindipetro e pela gerência da UN-BA, que acolheu o pedido do sindicato, a Elfe enviou ao Sindipetro na própria sexta-feira, à noite, documento (veja no final da matéria), informando que todas as solicitações que tinham sido feitas pelo sindicato seriam atendidas de forma imediata. O que de fato está ocorrendo. Portanto, as pendências estão sendo resolvidas e as reivindicações atendidas. Saiba quais:

• As pendências de pagamentos dos salários, dos tickets alimentação e refeição já estão sendo resolvidas

• Também estão sendo pagas as rescisões dos trabalhadores demitidos, a multa do artigo 77 para estes mesmos demitidos e o pagamento da gratificação de férias e também da multa desta gratificação que não foi paga.

• Serão cancelados os descontos dos três dias de greve realizada em 2021 devido ao atraso do pagamento do 13º salário e não serão descontados os cinco dias da paralisação deste mês de fevereiro (serão compensados em banco de horas).

Para o Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, que, juntamente com outros diretores do sindicato, organizou a paralisação e participou de todo o processo de negociação, esta foi uma vitória importante porque deixa claro que os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise e também não abrem mão dos seus direitos. “A luta é o único caminho para a classe trabalhadora e que esta paralisação dos trabalhadores da Elfe sirva de exemplo, principalmente para os terceirizados, que são submetidos a situações precárias de trabalho e não devem ter medo de lutar por seus direitos”.

A direção do Sindipetro ressalta a importância da intervenção da gerência da UN-BA, que ajudou a resolver problemas que, infelizmente, hoje são comuns entre as terceirizadas. A entidade sindical espera que a Petrobrás dê atenção especial à fiscalização das suas prestadoras de serviço, pois muitas destas empresas vêm descumprindo as suas próprias regras, e cometem irregularidades, de forma corriqueira, prejudicando os trabalhadores e a própria Petrobrás.

Clique aqui para ler o documento enviado pela Elfe para a gerência da UN-BA

[Da imprensa do Sindipetro Bahia]