Depois de uma primeira rodada no último dia 21, representantes da FUP e do Sindiquímica-PR voltam à negociação, hoje, com a Petrobrás, em mesa mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. A reunião acontece neste momento e estão em pauta o destino de centenas de empregos dos petroleiros da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), entre outras pautas petroleiras.
A categoria, que suspendeu a greve que já durava 20 dias, para viabilizar as negociações no TST, continua mobilizada em todo o país. Na própria Fafen, continua uma vigília que entra em seu 38º dia. No Norte Fluminense, diretores do Sindipetro-NF estiveram na manhã de hoje no Heliporto do Farol, em diálogo com os trabalhadores.
No último sábado, 22, o Conselho Deliberativo da FUP, que reúne representantes das direções da FUP e dos 13 sindicatos filiados, fizeram uma primeira avaliação do movimento de greve e da primeira reunião no TST. Ontem, os sindicalistas fizeram reunião preparatória para as negociações de hoje, no Tribunal.
“Ao contrário do que é dito na televisão, a luta dos petroleiros não acabou. A greve está suspensa enquanto durar a negociação, e não cancelada. Ainda há muito o que ser feito pela garantia dos empregos dos petroleiros da Araucária Nitrogenados (FAFEN-PR), que estão com as demissões suspensas até 6 de março”, alertou a FUP.
Uma das propostas do movimento sindical petroleiro, defendida pela FUP na mesa de negociações, é a transferência ou cessão dos trabalhadores da Fafen para outras unidades da Petrobrás. “Nada justifica as demissões de empregados de uma empresa 100% Petrobrás quando a falta de efetivo, muitas vezes denunciada pela FUP nas reuniões das comissões, tem colocado vidas em risco nas unidades operacionais diariamente”, argumentam os sindicalistas.
Também estão em negociação temas como tabela de turno 3×2, interstício total e mudança de local do relógio de ponto. A mesa poderá, ainda incluir a discussão sobre a PLR 2019. Uma nova reunião do Conselho Deliberativo da FUP acontece nesta sexta, 28, para avaliar o andamento das negociações e os próximos passos.