Coletivo de Mulheres da FUP discute com a Petrobrás avanços em benefícios e condições de trabalho

FUP

Em reunião com a Petrobrás no último dia 18, o Coletivo de Mulheres Petroleiras da FUP discutiu com o RH pendências na implementação das conquistas do ACT referentes às condições de trabalho da mulher petroleira e à equidade de gêneros. A empresa esclareceu que todas as unidades operacionais já estão disponibilizando uniformes femininos e concordou com a solicitação do Coletivo de que informe as trabalhadoras sobre como proceder para requisitar o uniforme. A FUP orienta seus sindicatos a também divulgarem amplamente essa conquista e cobrar das unidades o cumprimento da cláusula. Já a adequação dos EPIs para uso feminino ainda está sendo trabalhada na Subcomissão de Diversidade, onde o Coletivo de Mulheres da FUP tem participação.

Outra conquista da FUP foi a extensão da licença maternidade de 180 dias para casais homoafetivos, bem como em casos de adoção e de partos prematuros. A empresa concordou com o pleito e também aceitou incluir o reforço de aprendizagem no PAE, garantindo aos filhos de trabalhadores atendidos pelo Programa o direito a uma complementação educacional, além da escola regular.

Por outro lado, a Petrobrás continua se negando a estender o Auxílio Creche/Acompanhante a todos os petroleiros. O Coletivo reiterou que a empresa, de forma unilateral, alterou o teor da cláusula e está tratando de forma discriminatória os trabalhadores homens. Em resposta, o RH se comprometeu a apresentar um estudo sobre o benefício na próxima reunião.

Amamentação plena e sem risco– uma das principais conquistas do Coletivo de Mulheres da FUP foi garantir no ACT que a petroleira grávida ou que esteja amamentando exerça suas atividades em áreas fora de risco, sem prejuízo dos seus adicionais e/ou condições de trabalho. A Petrobrás, no entanto, não está tendo a devida compreensão da cláusula, limitando o direito da trabalhadora que está amamentando realizar suas atividades sem risco ao aleitamento. Segundo o RH, a cláusula só se aplica durante o período de 180 dias, já previstos na licença maternidade, e alega que para manter a trabalhadora em um ambiente de trabalho sem riscos ao aleitamento, preservando seus adicionais e condições de trabalho, precisaria de uma comprovação médica de que a criança necessita de mais tempo de amamentação.

O Coletivo de Mulheres cobra que a cláusula conquistada no ACT seja garantida durante todo o período em que a trabalhadora estiver amamentando. A FUP reiterou que esta é uma das reivindicações mais importantes das petroleiras e deixou claro que com este posicionamento a Petrobrás está impedindo a amamentação plena, como recomenda a Organização Mundial da Saúde. A empresa se comprometeu em marcar uma reunião específica para discutir mais profundamente esse pleito.

Divisionistas bebem no copo que cuspiram

Os mesmos divisionistas que até há pouco tempo atrás desqualificavam e atacavam a organização das mulheres fupistas agora tomam carona nas bandeiras do Coletivo de Mulheres Petroleiras da FUP. Panfletaram nas bases um boletim em comemoração ao Dia Internacional da Mulher se apoderando de várias das reivindicações que as dirigentes sindicais fupistas estão há mais de um ano discutindo com a Petrobrás. Algumas, inclusive, já foram conquistadas no Acordo passado, o mesmo que os divisionistas indicaram a rejeição. É muito oportunismo e cara de pau de quem nada faz e nada propõe!