CMS reúne representações dos estados dia 12 de abril por mudanças na política econômica

Fortalecer protagonismo do Estado e combater especulação: prioridades da Plenária Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais.

CUT

Escrito por Leonardo Severo

Marcada para o próximo dia 12 de abril, em São Paulo, a Plenária Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) tem por objetivo ampliar a mobilização por mudanças na política econômica, com a redução dos juros e do elevado superávit primário, e combater o corte de recursos das áreas sociais e a política de reajuste zero.

Membro da direção operativa da CMS e secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti acredita ser essencial que a militância cutista esteja mobilizada e articulada com o conjunto dos movimentos sociais para garantir uma reunião expressiva, representativa e à altura das lutas que a classe trabalhadora vem realizando pelo país afora, seja no campo ou nas cidades, pelo piso nacional da educação e por aumento real de salário.

Na avaliação de Rosane Bertotti, é preciso colocar em novo patamar as ações por mudanças estruturais, centradas na defesa da valorização do trabalho com distribuição de renda. Para tanto, explicou, na Plenária da CMS os movimentos irão atualizar o Projeto Brasil, incorporando reivindicações a serem levadas aos candidatos ao executivo e ao legislativo dos municípios.

 “O combate aos cortes no Orçamento para atender o sistema financeiro será uma das prioridades do evento”, sublinha Rosane Bertotti, para quem a brusca redução do PIB, a queda no emprego industrial e o aumento da desnacionalização da economia foram um resultado prático dos cinco aumentos sucessivos das taxas de juros, que afetaram diretamente a produção.

“Avançamos durante o governo Lula no caminho do fortalecimento do mercado interno, que se demonstrou essencial para tornar o Brasil menos vulnerável à crise que atinge os países capitalistas centrais. Por isso ações como a valorização dos serviços e dos servidores, políticas salariais com ganho real e ampliação de investimentos em saúde e educação nos parecem essenciais, quase uma obviedade quando se trata de defender o desenvolvimento, a economia nacional”, acrescentou.

Na avaliação da CMS, a Plenária também será um momento para aprofundar o debate sobre temas como a Rio+20, as mobilizações pelas reformas urbana e agrária, em defesa da democratização da comunicação e de um novo marco regulatório, a luta contra a desindustrialização e a desnacionalização, pela redução da jornada de trabalho e o aumento de investimentos na educação.