CMP e FUP promovem ação de solidariedade com venda de botijão de gás a preço justo

Ação será realizada, simultaneamente, às 14 horas dessa quinta-feira (29), em 11 cidades do Brasil, em bairros periféricos.

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Em mais uma ação para ajudar a amenizar os impactos do desemprego, da pandemia do novo coronavírus e dos preços abusivos do gás de cozinha no dia a dia das famílias em situação de vulnerabilidade social, a Central de Movimentos Populares (CMP) e os Sindicatos dos Petroleiros filiados a Federação Única dos Petroleiros (FUP) vão promover uma ação solidária, nesta quinta-feira (29), com a venda de botijão de gás de cozinha a preço justo, por cerca de R$ 40.

Em várias regiões do país, valor do botijão chega a R$ 120 – 12% do salário mínimo. Alta dos preços penaliza famílias brasileiras, que recorrem a opções que costumam causar acidentes, como carvão, álcool e lenha.

A ação solidária tem também o objetivo de denunciar a privatização da Petrobrás, fortalecer a luta por vacina já para toda a população, pela volta do auxílio emergencial no valor de 600 reais e pelo ‘Fora, Bolsonaro’.

E será realizada, simultaneamente, às 14 horas dessa quinta-feira (29), em bairros periféricos de 11 cidades do Brasil: São Paulo-SP, Brasília-DF, Manaus- AM, Fortaleza-CE, Salvador-BA, Belém-PA, Rio de Janeiro-RJ, Palmas-TO, Porto Velho-RO, Ipatinga-MG e Jaboatão dos Guararapes, PE. Além da venda de botijão de gás a preço justo, serão distribuídas cestas básicas, verduras, legumes, máscaras de proteção e kits de higiene e limpeza.

A ação conjunta da CMP e FUP acontece em um momento em que o país se aproxima dos 400 mil mortos por complicações causadas pela Covid-19, já tem mais de 14 milhões de contaminados, 14,3 milhões de desempregados e um cenário de fome. Somado a isso, o governo de Jair Bolsonaro incentiva aglomerações, demora com a vacinação e desestimula as medidas de prevenção à doença. Bolsonaro é, inclusive, investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid-19) instalada nesta terça-feira (26) para apurar suas ações e omissões no combate a pandemia.

“Bolsonaro é um genocida, tendo em vista que sabota medidas de combate à Covid-19, sendo responsável pela morte de quase 400 mil pessoas. Além disso, sua política econômica é responsável por milhões de desempregados, e a redução do auxílio emergencial joga o povo na pobreza”, afirma Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, se referindo a redução do valor do auxílio de R$ 600 para, entre R$ 150 e R$ 375, que mata a população de fome e não aquece a economia, como disse o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Já são 19 milhões passando fome. Desde o início da pandemia a CMP tem promovido diversas ações de solidariedade. Esta ação em parceria com a FUP é mais uma importante iniciativa de fortalecimento do trabalho de base e solidariedade de classe”, completou Bonfim.

Com a redução do auxílio emergencial, a alta do preço dos alimentos, a política da Petrobras de acompanhar o preço de importação, que provoca constantes aumentos de preços dos combustíveis, ficou ainda mais difícil para as famílias mais pobres comprarem o gás de cozinha e se alimentarem.

“Em meio a pandemia, gestos como este são de extrema necessidade para amenizar um pouco o problema da fome que atinge milhares de brasileiros”, diz Deyvid Bacelar, coordenador-Geral da FUP. De acordo com ele, essas ações de luta e defesa da soberania alimentar e da dignidade do nosso povo fortalecem o elo entre o movimento sindical e os movimentos populares, visando a retomada da democracia no país.

“Em 2022, precisaremos estar unidos mais uma vez para eleger Lula e, assim, retomar os projetos de uma Petrobrás a serviço do povo e da soberania nacional”, completou o dirigente.

Segundo Deyvid, a FUP e seus sindicatos, desde o início da pandemia, têm realizado ações de venda de botijão de gás e combustíveis a preço justo, assim como distribuição de alimentos cestas básicas, materiais de limpeza e de proteção contra a Covid-19.