Cerca de 1,5 mil trabalhadores participam de ato no Edifício da Petrobrás em São Paulo

A direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) realizou, na manhã de hoje (15.09), um ato no prédio do Edisp (sede administrativa da Petrobrás), na Avenida Paulista, a favor da pauta da categoria em defesa do Brasil. Os dirigentes promoveram um atraso de três horas no início do expediente. Cerca de 1,5 mil trabalhadores próprios e terceirizados participaram da manifestação, que começou às 6h e terminou por volta das 9h.

Os sindicalistas levaram bandeiras e faixas para o saguão de entrada do Edisp e, com o apoio de representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), protestaram, mais uma vez, contra o projeto de lei entreguista do senador José Serra, que pretende alterar a lei de partilha da exploração do pré-sal, e o plano de negócios da Petrobrás, que prevê desinvestimento e deverá provocar milhares de demissões. 

Um dos assuntos mais debatidos foi a forma como a Petrobrás vem tratando as negociações com a categoria. Primeiro, a empresa anunciou mudanças no modelo de negociação, que passaria a ser fragmentado, e, logo em seguida, apresentou uma contraproposta que dá continuidade ao processo de desmonte em curso no sistema Petrobrás e ataca os direitos trabalhistas.

Um dos pontos da proposta é a redução de 25% da jornada de trabalho e dos salários do pessoal que trabalha em horários flexíveis na área administrativa. “O que isso significa, que somos descartáveis? Mais do que nunca, os trabalhadores dos escritórios precisam se mobilizar e lutar, junto com a gente, para mantermos nossas conquistas”, afirmou a coordenadora do Unificado, Cibele Vieira.

Ato da CUT

Após a manifestação no Edisp, os petroleiros participaram do ato público da CUT de lançamento unificado das campanhas salariais do 2º semestre e da posse da nova diretoria da entidade. As atividades aconteceram em frente ao prédio da Fiesp e a intenção foi mandar um recado ao governo, ao Congresso Nacional e às forças conservadoras.

Segundo o presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, a classe trabalhadora não aceita pagar a conta pela crise. Ele lembrou ainda que a CUT está empenhada na organização dos trabalhadores para garantir as melhores negociações nas campanhas salariais.

Mais de 1.814.805 trabalhadores de todo o país, dos sindicatos filiados à CUT, têm data-base neste 2º semestre. Entre as principais categorias em negociação destacam-se, além dos petroleiros, aeronautas, aeroviários, bancários, comerciários, médicos e psicólogos, metalúrgicos, químicos e trabalhadores na indústria de alimentação, cerâmica e mármore.

Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo