A coordenação do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (Cesat) notificou, nesta quinta-feira (19), o gerente geral da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Cláudio Pimentel, sobre o vazamento e risco de contaminação por benzeno. A solicitação foi feita pela direção do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), que denunciou o fato. O Cesat constatou a vazão do agente tóxico e cancerígeno após inspeção realizada na última terça (17) na Unidade 3031. O grupo determinou, no documento entregue a Pimentel, a imediata reparação da tubulação defeituosa da unidade, além da interligação da drenagem de efluentes dos tanques pulmões no sistema de drenagem, que se encontra fechado e em estado de “parada de manutenção” desde a última sexta (13), quando o material tóxico começou a escapar. O não cumprimento da determinação implica na desobediência à Legislação Sanitária vigente. Para a realização das atividades propostas, a refinaria deve “adequar os procedimentos de segurança existentes” e garantir que todos os funcionários utilizem os equipamentos de segurança e vestimentas necessárias, independentemente da concentração de benzeno no local. A notificação será encaminhada aos órgãos de vigilância e fiscalização e ao Ministério Público do Trabalho. Uma equipe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), também realizará uma avaliação técnica na RLAM nesta sexta (20). Com histórico de casos de funcionários atingidos por doenças ocupacionais, a Landulpho Alves é alvo constante de críticas do Sindipetro devido às condições de trabalho. A exposição ao material químico em quantidades acima dos limites toleráveis é uma das principais queixas da entidade de classe.