Centrais sindicais se reúnem para articular pauta que será discutida com Dilma

Rede Brasil Atual

Sob impacto das manifestações das últimas duas semanas, representantes das cinco centrais sindicais reconhecidas legalmente reúnem-se nesta terça-feira (25), em São Paulo, para reforçar a pauta trabalhista e provavelmente preparar atos em algumas praças do país, incluindo Brasília. Hoje, todas as executivas das entidades se reuniram para avaliar a nova conjuntura. Na última sexta-feira, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ligou para alguns dirigentes para consultá-los sobre a situação política. A essa inquietude somou-se uma pauta sindical já apresentada em outras ocasiões ao governo e que não tem avançado como poderia, na avaliação das centrais.

Uma reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e os sindicalistas chegou a ser marcada para esta quarta-feira (26), às 15h, após contato do assessor especial José Lopez Feijóo com os dirigentes. Mas a proximidade com a semifinal da Copa das Confederações entre Brasil e Uruguai – 16h, em Belo Horizonte, onde estão previstas novas manifestações –  fez com que o encontro ainda não fosse confirmado oficialmente.

O encontro da amanhã será realizado na sede da UGT, na região central de São Paulo. Na pauta, temas já discutidos diversas vezes com o Executivo, como o Projeto de Lei 4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), sobre terceirização, a redução da jornada para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. O primeiro item é prioridade para a CUT, por exemplo, que pedirá à presidenta, independentemente da pauta do governo, que convença sua base a retirar o projeto definitivamente.

Greve geral

A CUT divulgou hoje nota sobre a convocação, nas redes sociais, de uma greve geral para 1º de julho, para afirmar que nem ela, nem as outras centrais, “legítimas representantes da classe trabalhadora”, fizeram esse chamado. Segundo a entidade, essa convocação “é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população”. Para a central, esses grupos pretendem “colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação”.

A CUT diz ainda que reuniu sua executiva “para debater a conjuntura, reafirmar sua pauta de reivindicações e decidir um calendário de mobilizações” em defesa dos direitos dos trabalhadores, “de forma responsável e organizada, como sempre fizemos”.