A CUT, CTB e demais centrais sindicais realizaram no dia 13 de janeiro a primeira reunião do ano, em meio a um cenário de demissões no ABC paulista e nas obras contratadas pela Petrobrás, além das medidas do governo que reduzem benefícios da Previdência Social. Em resposta a estes ataques, as lideranças sindicais anunciaram duas grandes mobilizações para janeiro e fevereiro.
No final deste mês (28/01), haverá um Dia Nacional de Lutas, com mobilizações, assembleias e paralisações em defesa dos empregos, direitos e pela revogação das medidas provisórias que alteram as regras para o seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial e seguro-defeso. Já no dia 26 de fevereiro, a centrais realizarão em São Paulo a Marcha da Classe Trabalhadora, com concentração na Praça da Sé.
Na segunda-feira, 19, as lideranças sindicais se reúnem com o Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, onde cobrarão que o governo retire as medidas anuncias (MPs 664 e 665). As centrais também divulgaram nota conjunta (clique aqui) onde consideram “inaceitável que as montadoras, empresas multinacionais que receberam enormes benefícios fiscais do governo e remeteram bilhões de lucros às suas matrizes no exterior, ao primeiro sinal de dificuldade, demitam em massa”, referindo-se às mil demissões na Volks e na Mercedes que levaram os metalúrgicos à greve.
Petrobrás– na nota conjunta, as centrais sindicais também “exigem uma solução imediata para a situação dos trabalhadores e trabalhadoras das empreiteiras contratadas pela Petrobrás; defendem o combate à corrupção e que os desvios dos recursos da empresa sejam apurados e os criminosos julgados e punidos exemplarmente”. As lideranças sindicais reiteram que esses fatos não podem ser usados “para enfraquecer a Petrobras, patrimônio do povo brasileiro, contestar sua exploração do petróleo baseada no regime de partilha, nem sua política industrial fundamentada no conteúdo nacional, e, muito menos, para inviabilizar a exploração do Pré-Sal”. As centrais também não aceitam “que os trabalhadores da cadeia produtiva da empresa sejam prejudicados em seus direitos ou percam seus empregos em função desse processo”.
Fonte: FUP