Centrais lançam 8ª Marcha da Classe Trabalhadora em São Paulo

Vermelho

Convocados pelas centrais sindicais, trabalhadores de diversas categorias ocuparam a Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital paulista, na manhã desta terça-feira (18), para participar do lançamento da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, marcada para o dia 9 de abril.A mobilização marca a retomada da luta da “Agenda da Classe Trabalhadora”, que reúne as propostas para desenvolver o país com soberania, democracia e valorização do trabalho, num ano repleto de eventos importantes, como a Copa do Mundo e as eleições gerais.

No ato de lançamento, estiveram presentes presidentes e representantes das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, FS, UGT e NCST, que reforçaram as bandeiras que compõem a pauta trabalhista.

“Vamos cobrar do governo o andamento da pauta da classe trabalhadora, que inclui as bandeiras como a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, o fim do projeto que amplia a terceirização, a correção da tabela do IR, reajuste digno para os aposentados, entre outras. Todas essas reivindicações fundamentais para os trabalhadores já foram entregues ao presidente da Câmara e ao governo federal e não recebemos retorno, não avançamos. Então, esse ato é para pressionar”, afirmou Wagner Gomes, secretário-geral da CTB nacional e um dos coordenadores da atividade.

Durante suas intervenções, os sindicalistas não deixaram de lado temas importantes como a industrialização e o transporte público, que afetam sobremaneira o dia a dia do trabalhador brasileiro.

“Não estamos aqui apenas pela pauta trabalhista, mas também por mais emprego, mais salários e condições dignas de vida para esses trabalhadores e trabalhadoras que sofrem cotidianamente, sendo espremidos em trens e metrôs de São Paulo”, destacou o dirigente da CTB, ao lembrar do caos e a superlotação que enfrenta o cidadão paulistano ao se deslocar de casa para o trabalho.

O ato nacional será em São Paulo e sairá da Praça da Sé, às 10 horas, seguindo em passeata até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista. No entanto, a atividade será promovida em diversas cidades brasileiras pelas centrais estaduais.

“A expectativa é reunir cerca de 60 mil trabalhadores neste ato nacional, que acontece em São Paulo, mas as estaduais devem organizar atividades semelhantes em diversas cidades país afora”, Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP.

O presidente estadual da CTB convocou os trabalhadores a ocuparem as ruas e mostrar o descaso com que governo e empresários têm tratado as reivindicações unitárias do movimento sindical, como a redução da jornada de trabalho, o fim do Fator Previdenciário e a ampliação de direitos. “A mobilização soará como um recado às forças do retrocesso de que as Centrais Sindicais têm propostas que atendem aos interesses dos trabalhadores e dos empresários, pois o objetivo é desenvolver o país com soberania e valorização do trabalho”, afirmou.