Assembléia da CMS e CONCLAT reúnem mais de 25 mil pessoas em São Paulo. Unidade e disposição de luta para impedir o retrocesso…
Imprensa da FUP
Em duas históricas assembléias nacionais, realizadas nesta segunda (31/05) e terça-feira (01/06), trabalhadores do campo e da cidade, estudantes, dirigentes sindicais e representantes das mais diversas organizações populares do país aprovaram documentos e agendas de luta que consolidam a unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais contra o retrocesso e rumo à construção de um Brasil soberano, justo e democrático. Ambas as assembléias foram realizadas em São Paulo, com a presença de dirigentes da FUP e de sindicatos de petroleiros de vários estados. Os debates começaram com a Assembléia Nacional da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que reuniu cerca de três mil representantes das 28 entidades que compõem a CMS. As lideranças e militâncias presentes aprovaram por aclamação o Projeto Nacional e Popular dos Movimentos Sociais, com propostas, reivindicações e agenda de luta. O documento é fruto de uma série de debates e plenárias regionais e nacionais, que envolveram a participação de cerca de 10 mil pessoas.
Os debates e propostas gerados pelos movimentos sociais apontam a necessidade de unificar e ampliar a luta para impedir o retrocesso, principalmente nas eleições deste ano, quando estão novamente em disputa dois projetos antagônicos de país. “Neste confronto, assumimos plenamente o nosso lado com o compromisso de varrer o passado e construir o futuro, dando vez e voz às amplas maiorias sufocadas pela exclusão”, afirma Antônio Carlos Spis, uma das principais lideranças da CMS.
Afinadas com os debates da CMS, as Centrais Sindicais reuniram 22 mil trabalhadores de vários estados do Brasil em um evento histórico, realizado no dia seguinte à Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais. A unidade e a disposição de luta para impedir o retrocesso e ampliar as conquistas foram a marca da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que lotou o estádio do Pacaembu. As delegações aprovaram a Agenda da Classe Trabalhadora, documento unificado das centrais sindicais, com propostas políticas e econômicas para o Brasil. No documento, trabalhadores do campo e da cidade reafirmam um projeto nacional, democrático e popular que contempla questões fundamentais como a reforma agrária, a luta pela moradia popular, a garantia dos recursos do pré-sal para o povo brasileiro e a igualdade de oportunidades. “Nosso maior desafio é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais na década de 90”, conclamou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique.
Acesse o o Portal dos Trabalhadores para conhecer a íntegra dos documentos aprovados pelos movimentos sociais e pelas Centrais Sindicais.