Centenas de militantes entregam a Dilma Agenda das Mulheres para as Eleições 2010

Centenas de militantes, na maioria mulheres, das seis centrais sindicais (CUT, Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT), lotaram na manhã desta terça-feira (17)…





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Centenas de militantes, na maioria mulheres, das seis centrais sindicais (CUT, Força, CGTB, CTB, Nova Central e UGT), lotaram na manhã desta terça-feira (17) as dependências da Casa de Portugal, em São Paulo, para participar do ato de entrega da “Agenda da Classe Trabalhadora e as Mulheres” à candidata a presidência da República Dilma Rousseff.

O documento construído durante a Conferência da Classe Trabalhadora contém reivindicações das mulheres trabalhadoras para ampliar os direitos no mercado de trabalho. São propostas como garantia de creche nas empresas com mais de 100 trabalhadores, aprovação da PEC que estende para 6 meses a licença-maternidade e ampliação da licença-paternidade após o retorno da mãe ao trabalho. Outra proposta de destaque é a ratificação e aplicação da Convenção 156 da OIT, que promove igualdade de salários entre homens e mulheres que desempenham funções semelhantes e igualdade de oportunidades na carreira. O Brasil é o único pais do Cone Sul que ainda não ratificou esta Convenção.

“Nós, mulheres das seis centrais sindicais, construímos de forma unitária a Plataforma com a agenda das mulheres para as Eleições 2010. Além dos temas já falados como redução da jornada, violência e creche, reivindicamos a garantia de políticas públicas que ratifiquem estas questões”, enfatiza a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva.

Rosane também destaca uma importante conquista da CUT e do movimento sindical, que foi a política de valorização do salário mínimo. “Esta foi uma conquista fruto da nossa luta e da sensibilidade e compreensão do governo Lula. E os dados demonstram que 65% das mulheres recebem de um a dois salários mínimos. Portanto, a política de valorização do salário mínimo teve um impacto muito importante na autonomia econômica das mulheres e por isso deve ser mantida.”

 Já o presidente da CUT, Artur Henrique, conclamou a classe trabalhadora para mobilizar os companheiros e companheiras no local do trabalho, no bairro, em todos os lugares, mostrando a todos e todas quais são os projetos que estão em disputa e dizer que nós queremos continuar avançando, com um Brasil sem desigualdades. Após mencionar as mais recentes pesquisas de opinião, Artur alertou os presentes: “A nossa tarefa e a nossa responsabilidade é não abaixar a guarda. Nós precisamos eleger companheiros e companheiras comprometidos com o conjunto da classe trabalhadora para que a gente tenha representantes no Senado, na Câmara Federal, nas assembleias legislativas e nos governos dos estados”.

Artur, durante sua fala no encontro de mulheres com Dilma, completou: “É muito importante a unidade da classe trabalhadora para enfrentar os desafios de eleger um governo democrático-popular. Todos aqui presentes se lembram que nos anos 90 a nossa agenda sindical era agenda da resistência, da luta contra a implantação das politicas neoliberais, da resistência contra as privatizações, contra a flexibilização dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e contra a criminalização dos movimentos sociais. Essa agenda tem nome, rg e partido. Todos nós aqui queremos impedir o retrocesso, a volta daqueles que foram responsáveis pela crise e implementaram no país essas politicas neoliberais”.

 A secretária nacional de Relações de Trabalho, Denise Motta Dau, conduziu o ato político.

A Central Única dos Trabalhadores não participou da organização nem da infraestrutura do encontro realizado na manhã de hoje. As direções que lá estiveram, assim como os militantes, foram em caráter pessoal.