Ceará se mobiliza contra venda dos campos de Fazenda Belém, em Icapuí

Os trabalhadores de Fazenda Belém, no município de Icapuí, fizeram uma manifestação de alerta contra a venda do campo. A solução é se preparar para a greve.

O ato, que aconteceu na última quinta-feira (10), soma-se a rodadas de mobilizações dos sindipetros Ceará/Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia, Alagoas-Sergipe e Norte Capixaba e repudia  a venda dos campos terrestres, a entrega do Pré-sal e o desmonte do Sistema Petrobrás.

Em Fazenda Belém, a mobilização durou cerca de três horas e foi um termômetro que mediu o ânimo dos petroleiros em relação à disposição para a luta em um momento em que a Petrobrás e o Brasil sofrem grandes ameaças. Na região, a Petrobrás gera 30 empregos diretos e cerca de 350 indiretos.

Além dos trabalhadores de Fazenda Belém, estavam presentes os diretores Wagner Fernandes, Jorge Oliveira, Emanuel Menezes, Lorena Jales e Oriá Fernandes. Além do petroleiro aposentado Paulo César.

Segundo Wagner, o que está em risco é o emprego de todos, independente do crachá, e que caso os campos sejam entregues à iniciativa privada, metade dos trabalhadores serão demitidos, havendo mais exploração e precarização. “condições de trabalho chegarão a um nível insuportável”, alertou, citando casos absurdos de empresas terceirizadas, entre eles, um eu empresas terceirizadas chegam a falsificar documentos para prejudicar os seus trabalhadores.

Críticas foram feitas à atitude da presidente Dilma Dousself (PT), que traiu o Brasil e negociou a maior riqueza nacional com senadores entreguistas. “A mídia também distorce a situação mundial das empresas petrolíferas para desqualificar a Petrobrás e a diretora Solange Guedes é uma funcionária do mercado, pois trabalha a serviço deles e que representa um grupo privado”, disse Emanuel Menezes.

O vice-presidente do Sindipetro CE/PI, lembrou que a Petrobrás gera inúmeros empregos  e que acredita haver corrupção na negociação de venda dos campos, “é safadeza de uma diretoria que quer entregar de graça o que é nosso”, salientou.

Já o presidente do Sindipetro, Oriá Fernandes, finalizou o ato com um recado “Esse é só um ato de alerta, ainda vamos fazer muito barulho”.

Fonte: Sindipetro-CE/PI