Os petroleiros não aceitam práticas ditatoriais e nem desrespeito. Isso ficou claro na mobilização que aconteceu no começo da manhã desta quinta-feira, 30, em frente ao edifício sede da Petrobrás, na Pituba, contra o gerente Venâncio, que tratou os representantes dos trabalhadores como marginais, na tarde da quarta-feira, 29.
A paralisação, que durou cerca de três horas, demonstrou a força da categoria petroleira e do maior sindicato da Bahia, além da unidade da direção sindical com outros movimentos sociais representados por estudantes da UNE e LEVANTE POPULAR, bem como por professoras da UFBA e assessores parlamentares.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “esse foi apenas um alerta para a nova gestão fascista, golpista e entreguista da Petrobrás que não terá sossego da categoria petroleira, de seus representantes sindicais e dos movimentos sociais”.
Em pouco tempo a Petrobrás se transformou em um retrato do governo interino e golpista. Muitos gerentes têm agido com desrespeito e de forma ditatorial.
Nada justifica o que aconteceu com os diretores do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, Jairo Batista e Gilson Sampaio, na quarta-feira, 29, quando eles procuraram a gerência setorial da CPM – Construção de Poços Marítimos, para tratar sobre as transferências unilaterais e abruptas de alguns trabalhadores da Bahia para a Bacia de Campos com perda de remuneração e sem ônus para a Companhia, mesmo sendo uma transferência por interesse da Empresa.
Depois de esperar por quase uma hora na recepção, o gerente setorial ao atender os diretores disse que não tinha autonomia para resolver a situação. Os diretores procuraram, então, a gerente interina da CPM que informou estar em uma vídeo conferência que não poderia ser interrompida.
Enquanto aguardavam um retorno da gerente para uma rápida conversa após essa vídeo conferência, os diretores do sindicato foram surpreendidos pelo novo gerente dos Compartilhados, “José Venâncio”, que de forma agressiva, desrespeitosa e cheio de empáfia perguntou o que os diretores do Sindipetro estavam fazendo no prédio da Petrobrás e que não poderiam estar ali, exigindo a saída imediata do sindicato.
Não satisfeito, logo em seguida, mandou cinco inspetores de segurança interna da Petrobrás e dois vigilantes da Prossegur expulsar os dirigentes sindicais do prédio.
O ato, além de ser uma prática antissindical, revela uma violência contra o direito dos trabalhadores de terem seus representantes, também empregados da Petrobrás, acessando às dependências da Empresa para a constitucional atividade sindical.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, é inadmissível que os representantes dos trabalhadores sejam tratados como marginais. Para ele, “atitudes como a do Venâncio são péssimos exemplos e violam o próprio código de ética da empresa e a legislação brasileira”.
Fonte: Sindipetro Bahia