Em meio ao resultado das assembleias e aprovação de mobilizações, os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, representados pela FUP, conseguiram pressionar a empresa que, chamou para reunião a acontecer dia 30/10 às 13h30 com intenção de apresentar o Prêmio por Desempenho, o PRD. A FUP contesta a prática insistente da companhia de manter um programa paralelo de remuneração variável e unilateral, que enfraquece as negociações e desrespeita o esforço coletivo.
A reivindicação da categoria é clara: se for necessário manter diferentes formatos de remuneração variável, que ambos sigam diretrizes justas, resultantes do diálogo com os sindicatos. Outros programas de remuneração variáveis podem facilitar contornar os limites da PLR, mas para beneficiar todos do sistema Petrobrás. “Não podemos aceitar como aconteceu no ano passado, que assinamos a PLR e a Petrobrás divulgou logo em seguida o PRD, desmoralizando na prática a negociação coletiva”, afirmou.
A diretora também destaca a disparidade dos benefícios, questionando por que a PLR dos gestores é elevada em 17% enquanto para grande parte dos trabalhadores permanece como no ano passado, três remunerações. Ou seja, estão aumentando a PLR da alta gestão sem sequer apresentar o que estão planejamento implementar no PRD, que ano passado foi uma para quem não tem função e cinco remunerações para eles. “Se é verdade, a suposta limitação de três remunerações na PLR, porque não corrigir isso no PRD, ao invés de mantê-lo em apenas uma remuneração para quem não tem função e até cinco para alta gestão?” Indaga a diretora da FUP.
Com a intensificação da rejeição da proposta da empresa nas assembleias, a Petrobrás concordou em discutir com os representantes da categoria e apresentar os moldes do PRD, antes da conclusão das negociações da PLR. Esse avanço representa, para os trabalhadores, um primeiro passo em busca de mais transparência e equidade no sistema de remuneração variável da companhia.
Agora, a categoria aguarda o desenrolar das negociações, reiterando que o programa tem que ser benéfico para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, não apenas a alta administração, e que qualquer iniciativa paralela deve respeitar as conquistas obtidas nas mesas de negociação.
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