Caso do Navio Plataforma Cidade Niterói mostra graves danos da terceirização no setor petróleo

Sindipetro-NF

O caso do Navio Plataforma FPSO Cidade de Niterói, que ficou sem geração de energia na sexta, 18, e retornou a operação no domingo, 20, voltou a mostrar a vulnerabilidade vivenciada pela Petrobrás e pelos trabalhadores quando ocorre terceirização em atividades fim.
O FPSO desembarcou 65 trabalhadores, dos 98 a bordo, após terem ficado 12 horas em situação precária, inclusive na alimentação. No sábado, 19, o almoço na plataforma chegou a ter que ser servido com quentinhas recebidas da P-53. No domingo, as quentinhas vieram de terra, por voo.

Ainda são desconhecidas as causas da falta de energia. Uma comissão de análise da ocorrência foi criada, com participação do Sindipetro-NF, representado pelo diretor Norton Almeida. 

O Cidade de Niterói é um navio afretado pela Petrobrás e operado pela Modec para produzir 30 mil bbl/dia no Campo de Marlim Leste, a 110 km de Macaé. Segundo a Petrobrás, a plataforma é ancorada e não houve risco para pessoas e meio ambiente.

Situações como esta, como denunciou o sindicato, confirmam a necessidade de manter as primeirizada a atividade fim, tanto por uma necessidade estratégica como para manter o controle efetivo sobre as condições de saúde e segurança dos trabalhadores.

O sindicato sempre se posicionou contrário a terceirização da atividade fim pretendida pelos defensores do PL 4330, que ainda tramita no Congresso Nacional.