Caso Chevron: Sindipetro NF faz apuração sobre operações da empresa

O resultado do levantamento será divulgado em breve pela diretoria da entidade.





Sindipetro NF

O Sindipetro-NF está realizando nesta semana um trabalho de levantamento das condições das operações da Chevron na Bacia de Campos. A entidade estimula os trabalhadores a enviar informações sobre as condições de trabalho na empresa. Estes relatos podem ser enviados para [email protected]

O resultado do levantamento será divulgado em breve pela diretoria da entidade, mas, na avaliação do sindicato, é possível adiantar que o vazamento poderia ter sido evitado. 

“É uma coisa que pode ser previsível. Na operação a gente tem como conhecer o solo. Tem que ser permanentemente controlado. Essas empresas trabalham em condições inadequadas, não trabalham dentro dos padrões, são totalmente despreparadas. Eles se mostraram perdidos”, disse o diretor do NF, Cairo Garcia, em entrevista ao programa A Voz do Trabalhador, da Cut-RJ.

Cala boca de US$ 3 bilhões

Reportagem do jornal Hora do Povo, revelou nesta semana que a Chevron “acenou com “investimentos” de US$ 3 bilhões, na tentativa de subornar o governo brasileiro para continuar poluindo e impedir a punição dos seus crimes com o bombástico e nada interesseiro anúncio”.

Caso criminoso

Na quinta passada, o delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal, havia classificado como “crime” o vazamento. As ações da empresa, segundo ele, não passaram de uma tentativa de “empurrar a sujeira para debaixo do tapete”, uma vez que “todo o bioma do Oceano Atlântico poderá ser afetado”.

“Apesar de todas as evidências do crime ambiental cometido pela Chevron, a ANP não só demorou para se pronunciar a respeito como, depois de tudo escancarado, apenas suspendeu o que já estava suspenso, ou seja, a perfuração de um poço rachado. E o Ibama, por sua vez, apesar do volume de óleo ser dez vezes maior do que o admitido pela empresa, minimizou até onde pode o tamanho do desastre, e acabou anunciando uma multa de R$ 50 milhões, valor perfeitamente assimilável pela multinacional. Se dependesse desses dois órgãos, até hoje a petroleira estaria escondendo do país o tamanho do derramamento de óleo nas águas brasileiras”, avaliou o jornal.

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