Reportagem de capa da edição da última semana da revista Carta Capital trouxe à tona uma série de questionamentos sobre os rumos da Petrobrás e como as decisões equivocadas da direção têm aprofundado a crise econômica que afeta o povo brasileiro. A drástica guinada que a empresa sofreu em seu Plano de Negócios, reduzindo investimentos, cortando custos e colocando à venda ativos estratégicos, está comprometendo não só as conquistas da companhia na última década, como também os indicadores sociais e econômicos do país.
Como ressalta a reportagem da Carta Capital a decisão da direção a Petrobrás “não se explica só pela queda do petróleo”. Os dados e argumentações que dão sustentação à matéria são os mesmos que a FUP vem há meses martelando em seus informativos. “A diretoria e o Conselho de Administração estariam dominados por uma ótica financista de curto prazo, com obsessão por saldar dívidas”, repercute a revista, destacando que “o pé no freio da maior empresa brasileira abala toda a economia”.
Ao ser ouvido pela reportagem, o conselheiro eleito, Deyvid Bacelar, defendeu que o governo faça aportes na companhia “para ajudá-la a superar a fase difícil de petróleo em baixa e de dívidas altas por vencer”. “Não entendemos como uma empresa tão importante para o país esteja tão à deriva, com uma gestão tão autônoma e sem participação do governo”, questionou Deyvid. A explicação talvez esteja em um dos trechos da matéria, onde a Carta Capital avalia como “cálculo político do Planalto” o descolamento da Petrobrás: “Associar-se à empresa poderia ser ainda mais desgastante para a impopular Dilma e seu governo igualmente reprovado”, ressaltou a revista.
Se foi essa mesmo a estratégia, o tiro saiu pela culatra. Não dá mais para o governo continuar sacrificando a Petrobrás e o país, se omitindo em relação às medidas privatistas que ameaçam a companhia. Já passou da hora do acionista majoritário assumir as rédeas da estatal.
Fonte: FUP