O fortalecimento da Petrobrás tornou-a mais estatal, mais nacional e economicamente preparada para ser a operadora única do pré-sal…
Imprensa da FUP
Agosto de 2000. Com base no Programa Nacional de Desestatização, o governo de Fernando Henrique Cardoso/José Serra se desfaz de 31% do capital da Petrobrás. A maior parte das ações foi direcionada aos investidores estrangeiros, que ficaram com 60% dos papéis. A Petrobrás mão emitiu novas ações, nem recebeu um centavo sequer do que os tucanos venderam. O governo do PSDB/PFL (atual DEM) desfez-se de parte considerável das ações que pertenciam à União, reduzindo o controle do Estado sobre a Petrobrás e escancarando o capital da empresa para o setor privado. O objetivo era dilapidar a Petrobrás e privilegiar aqueles que já estavam de olho na empresa e no potencial de petróleo e gás das bacias e plataformas continentais do país.
No final de 2001, o governo tucano já havia reduzido para 55,7% a participação do Estado no controle da Petrobrás e para 32,53% a participação no capital total. Após um contínuo processo de sucateamento, a mais estratégica empresa brasileira estava dilacerada. Até 1985, a União controlava 85,72% das ações votantes da companhia e 78,58% do seu capital total. A Petrobrás só não chegou a ser completamente privatizada, devido à resistência dos trabalhadores, principalmente os petroleiros, que fizeram uma greve de 32 dias em maio de 1995 contra as políticas neoliberais do PSDB e PFL (atual DEM).
Setembro de 2010. O Brasil começa a recupera parte do patrimônio público que os tucanos, demos e demais governos neoliberais dilapidaram. A União aumentou para 64% sua participação nas ações da Petrobrás com direito a voto e elevou para 48% sua participação no capital total da empresa. A participação acionária dos investidores internacionais foi reduzida de 37,8% para 26%. O fortalecimento da Petrobrás tornou-a mais estatal, mais nacional e economicamente preparada para ser a operadora única do pré-sal. Depois de quase ter sido privatizada nos anos 90, ela se tornou a maior e mais estratégica empresa do país, alavancando a economia e gerando milhares de empregos. São passos importantes na luta pelo restabelecimento do monopólio estatal do petróleo, como defendem a FUP e os movimentos sociais através do projeto de lei 531/09, que está em tramitação no Senado. A Federação continuará a luta incessante para que a Petrobrás seja uma empresa 100% estatal e pública.