Camponeses fecham acessos aos terminais da Petrobrás no Espírito Santo

Desde a manhã de quarta-feira (9/12), o Terminal Norte Capixaba (TNC) e as Unidades SM-8 e FAL se encontram…

MST

Depois de 7 dias de protesto e fechamento dos terminais de Petróleo no norte do Espírito Santo, sem nenhuma resposta da Petrobrás ou do governo estadual quanto às reivindicações, os integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) fecharam, na manhã de hoje (16/12), mais três pontos de acesso às unidades da Petrobrás.

Desde a manhã de quarta-feira (9/12), o Terminal Norte Capixaba (TNC) e as Unidades SM-8 e FAL se encontram interditados pelo movimento. Hoje foram fechadas também a antiga estrada do “Gualter”, o “Posto Paulista” e as “3 pistas”, que ligam a BR 101 à região do Nativo.

Com a ação, vários pontos de extração e todos os pontos de armazenamento e embarque de petróleo no Norte estão paralizados. Segundo alguns trabalhadores da própria Petrobrás, cerca de 800 funcionários da empresa estão parados em função da mobilização.

Há uma semana os camponeses e moradores locais reivindicam soluções para os problemas causados pela atividade de extração de Petróleo no Norte do Estado, e cobram do Governo Estadual e da empresa ações para dar fim aos impactos ambientais e socias vivenciados pela população da região.

Os camponeses denunciam a destruição de áreas de preservação do Nativo e a contaminação da água local com produtos químicos utilizados na extração de óleo. A atuação da Petrobrás também tem causado a falta de água às comunidades locais e a danificação das estradas, em função do tráfego de carretas e caminhões que prestam serviço à empresa. Por isso, o movimento reivindica também o asfaltamento da rodovia que liga Barra Nova a São Mateus, principal via de escoamento da produção agrícola e pesqueira.

A agricultura e a pesca são duas importantes atividades econômicas das comunidades locais, e com as péssimas condições da estrada, os moradores sofrem cotidianamente para garantir o transporte da produção de alimentos.

A perspectiva é de que a paralização seja intensificada enquanto permanecer o silêncio e o “jogo de empurra” de responsabilidades entre governo estadual e empresa, declara a direção do movimento.