Todo apoio ao camponeses do MPA que entraram em greve de fome contra a Reforma da Previdência

A FUP se solidariza com Frei Sérgio Görgen, Josi Costa e Leila Meurer, militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que iniciaram uma greve de fome nesta terça-feira, 05/12, na Câmara dos Deputados Federais, para sensibilizar os parlamentares a não votarem a Reforma da Previdência.

Todo nosso apoio aos companheiros, que recorreram a esse gesto extremo, privando-se de alimentação por alguns dias para que os demais trabalhadores do campo e da cidade possam ter seus direitos preservados e não passem fome durante o resto de suas vidas, sem direito à aposentadoria.

Esse ato de resistência acontece exatamente 20 anos após a histórica greve de fome de Frei Sérgio, que durou 17 dias, em 1997, e foi fundamental para a conquista de uma política de crédito agrícola para os camponeses brasileiros. 

O MPA tem sido um parceiro histórico da FUP e dos petroleiros na luta contra a entrega da Petrobrás e do Pré-Sal. Reafirmamos nosso apoio incondicional aos companheiros em greve de fome e conclamamos os demais trabalhadores a abraçarem a luta contra a Reforma da Previdência e barrar o desmonte do Estado brasileiro.

#somosTodosFreiSergio

#somosTodosJosi

#somosTodosLeila

#nãoMexaNaAposentadoria

Leia a nota do MPA:

As recentes notícias da proposição do relator da Reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), de retirar os trabalhadores rurais da proposta encaminhada para votação é mentira e a não votação da reforma na Câmara do Deputados não desmobilizou os trabalhadores, diante disso o Movimento segue somando nas atividades da Frente Brasil Popular em todo o País. “Para o MPA a Greve de Fome significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira”, afirma Bruno Pilon.

O MPA reafirma sua posição contrária a Reforma da Previdência, posição essa expressa por todas as organizações do campo e da cidade que de fato defendem os interesses da Classe Trabalhadora. “Nem a aparente retirada dos rurais da Reforma Previdenciária nos fará retroceder a luta, essa é uma Luta de Classe. Se nossos irmãos e irmãs urbanos serão atingidos também seremos, vamos nos manter firmes para barrar esses retrocessos”, aponta Pilon.

Os camponeses e camponesas que estão fazendo a Greve de Fome – Frei Sergio Görgen, Josi Costa e Leila Denise Meurer – sabem do desafio que é imposto a privação de se alimentar, mas visto o nível de retirada de diretos que se encontra é uma das ações que estão dispostos a fazer para contribuir com a derrocada dessa Reforma, esse é um aviso prévio das ações que eles irão executar caso essa Reforma venha a ser votada.

O Movimento não aceita a manobra do governo golpista e assegura que irá cerrar fileiras junto com todos os companheiros e companheiras urbanos e rurais, junto com suas entidades de Classe para barrar esta votação e derrotar a reforma na Câmara do Deputados.