A ação vai beneficiar, inicialmente, famílias carentes de 15 cidades do interior da Bahia, onde o botijão de gás será vendido ao valor de R$ 40,00 a unidade, com subsidio do Sindipetro. Atualmente, o botijão de gás chega a custar até R$ 80,00
[Da imprensa do Sindipetro-BA]
Cada vez mais caro, o botijão de 13 kilos de gás de cozinha virou artigo de luxo para muitas famílias, que equilibram como podem o orçamento doméstico para garantir um pouco de comida cozida e quente à mesa. Mas será que o botijão de gás está sendo vendido a um preço justo? Para o Sindipetro Bahia a resposta é não.
O sindicato retoma a partir da terça-feira (29), a ação de venda de gás de cozinha a preço justo para mostrar que é possível vender o gás de cozinha com valores mais baixos, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobrás e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.
A ação, que faz parte da campanha “A Petrobrás Fica na Bahia”, vai beneficiar, inicialmente, famílias carentes de 15 cidades do interior da Bahia (veja roteiro no final da matéria), onde o botijão de gás será vendido ao valor de R$ 40,00 a unidade. O restante será subsidiado pelo Sindipetro. Atualmente, o botijão de gás chega a custar até R$ 80,00. A campanha deve ter continuidade seguindo para outras regiões da Bahia.
Em cada cidade que passar, os diretores do Sindipetro vão conversar com as pessoas – utilizando máscaras e respeitando o distanciamento devido à pandemia da Covid-19 – para explicar a importância de defender a Petrobrás como uma empresa pública e integrada. E como a privatização da Petrobrás pode prejudicar a vida das pessoas, mesmo que, a princípio, elas não se deem conta disso.
Para essa ação será utilizado o mesmo ônibus adesivado que foi usado durante a “Vigília Petroleira em Defesa da Petrobrás e da Bahia”, que percorreu as unidades do Sistema Petrobrás e cidades que fazem parte do chamado cinturão do petróleo.
Política de Bolsonaro é responsável por aumento do preço do gás
Desde 2016, a Petrobrás vem sendo gerida como se fosse uma empresa privada e caminha a passos largos para a privatização de fato. Uma das principais mudanças que afetaram a população brasileira foi a alteração da política de preços da empresa que passou a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar, desencadeando aumentos sucessivos, que já chegaram a ser diários, da gasolina, diesel e gás de cozinha, sem haver nenhuma proteção ao consumidor.
Os petroleiros defendem a intervenção do governo federal para barrar os aumentos sucessivos dos derivados de petróleo. “Acreditamos que a prioridade deve ser o povo brasileiro e não os acionistas privados da empresa. É possível vender o gás de cozinha a um preço menor e manter o lucro de acionistas, revendedoras e distribuidoras, mas o povo não é a prioridade do governo Bolsonaro. Isso está a cada dia mais claro”. afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.
Venda das refinarias pode aumentar preços dos derivados
O governo Bolsonaro vem intensificando o desmonte da Petrobrás. As distribuidoras de combustíveis (BR e Liguigás) já foram privatizadas. A FAFEN foi arrendada. O edifício Torre Pituba foi desmobilizado e a grande maioria dos seus trabalhadores transferida para outros estados. A PBIO está à venda, assim como muitas unidades dos Campos Terrestres.
Com a venda da Rlam, da Transpetro, com seus quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos totalizando 669 km, que já foi anunciada, a tendência é que se crie um monopólio de empresas privadas e os preços dos derivados de petróleo aumentem ainda mais.
O fato é que o consumidor brasileiro ganha em real, mas paga os derivados de petróleo em dólar. Com a privatização das refinarias a situação tende a piorar.
É contra essa política que a FUP e os Sindipetros estão lutando.
Conheça as cidades cujas populações serão beneficiadas com a ação da venda de gás de cozinha a preço justo
29/09 (terça-feira) – Alagoinhas
30/09 (quarta-feira) – Entre Rios
01/10 (quinta-feira) – Dias D’Ávila
02/10 (sexta-feira) Mata de São João
06/10 (terça-feira)- Simões Filho
07/10 (quarta-feira)- Candeias
08/10 (quinta-feira) São Francisco do Conde
09/10 (sexta-feira)- São Sebastião do Passé
13/10 (terça-feira) – Feira de Santana
14/10 (quarta-feira)- Ipirá
15/10 (quinta-feira)- Itabuna
16/10 (sexta-feira) – Itapetinga
17/10 (sábado)- Canavieiras
20/10 (terça-feira)- Olindina
21/10 (quarta-feira) – Madre de Deus