Campanha no Sistema Petrobrás: Com punição, não tem acordo!

A FUP iniciou nesta sexta-feira, 11, a negociação do Acordo Coletivo dos trabalhadores…

Imprensa da FUP

A FUP iniciou nesta sexta-feira, 11, a negociação do Acordo Coletivo dos trabalhadores do Sistema Petrobrás, deixando claro que o cancelamento das punições é crucial para o fechamento da campanha. Os dirigentes sindicais enfatizaram que não irão admitir que a Petrobrás se utilize desta arbitrariedade como moeda de troca ao longo do processo de negociação. A FUP cobrou a relação de todos os trabalhadores punidos por participação na greve de março e o tipo de punição que sofreram. A Federação quer que a Petrobrás apresente de imediato uma proposta para corrigir a injustiça cometida contra estes trabalhadores. A empresa propôs voltar a tratar desta questão na reunião do dia 21.

O cancelamento das punições é ponto central para o fechamento do acordo coletivo. A categoria nunca deixou um trabalhador ser punido ou perseguido por questões políticas, sem que reagisse e lutasse para corrigir esses ataques. Foi um equívoco a apuração que a Petrobrás fez do que chama de excessos ocorridos durante a greve de março.  Ficou claro para os trabalhadores que os excessos cometidos foram por parte das gerências que embarcaram equipes de contingência 48 horas antes da greve e cortaram a comunicação das plataformas, rasgando o código de ética da empresa e desrespeitando os trabalhadores e suas famílias.

Práticas antissindicais

Outra questão abordada na primeira rodada de negociação com a Petrobrás foram as práticas antissindicais utilizadas pela empresa para atacar a categoria. A FUP lembrou que interditos proibitórios, cortes de comunicação e outros atentados à livre organização sindical, não foram utilizados pela Petrobrás nem nos momentos mais autoritários da história do país. Estas ações antissindicais estão sendo denunciadas à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e demais instâncias internacionais. Como reconhece a ONU, os ataques às organizações sindicais devem ser tratados como ataques aos direitos humanos.

Calendário de negociação

14/09 – SMS e Novas Tecnologias
21/09 –  Benefícios e Outras Disposições
23/09 – Condições de Trabalho; Planejamento e Recrutamento de Pessoal; Terceirização
25/09 – Salários; Vantagens e Vigência do ACT; Relações Sindicais; Segurança

Principais reivindicações

· Reposição da inflação pelo ICV/Dieese (3,75%) mais 10% de ganho real e produtividade;

· Cancelamento de todas as punições praticadas pela Petrobrás;

· Ambiente seguro de trabalho, através de uma nova política de SMS;

· Pagamento das horas extras dos feriados trabalhados (dobradinha/extraturno);

· Auxílio educacional em valor único para ativos, aposentados, pensionistas e seus dependentes, equivalente ao maior reembolso praticado pela Petrobrás;

· Aposentadoria especial;

· Licença maternidade de seis meses e licença paternidade de dez dias úteis;