No dia 21, foram divulgados os números de maio do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), indicador que o Ministério do Trabalho utiliza para mensurar os índices formais de emprego no Brasil. A Subseção do Dieese da CUT fez as seguintes considerações sobre os dados divulgados pelo governo:
• O saldo no mês de maio foi positivo em 34.254.
• Esse número ė resultado da contratação de 1.242.433 e da demissão de 1.208.180.
• Ou seja mesmo com saldo positivo, a rotatividade ė alta e continua com efeito negativo sobre as médias salariais, isso ocorre porque os novos contratados possuem salários médios menores (R$ 1.441,99) do que os demitidos (R$ 1.648,83).
• Lembrando que o crescimento da massa salarial (soma de todos os salários no mercado formal, nesse caso, dos admitidos e demitidos em maio) é elemento importante para o crescimento do consumo e retomada da economia. No mês de maio, mesmo com saldo positivo do emprego, devido à rotatividade, a massa salarial teve queda de -10%.
• O saldo do mês de maio (34.254) ė menor 42,8% do que o verificado no mês anterior, abril (59.856), demonstrando que o cenário do mercado de trabalho ainda não é estável.
• Em relação aos anos anteriores, maio de 2017 ė maior que o verificado em 2015 e 2016 (que registraram numeros negativos), mas muito menor do que os saldos registrados nesse mês desde 2002 até 2014.
• O resultado registrado tem forte impacto da Agricultura, que teve saldo positivo de 46.049, por ser o período de contratações no setor, devido ao início do ano-safra.
• Por outro lado, o Comércio e a Construção Civil registraram números negativos, -11.254 e -4.021, respectivamente.
• A Indústria registrou saldo positivo de 1.400 postos de trabalho. Esse número ė resultado do saldo positivo de 7.281 no segmento na indústria de alimentos e 62 no segmento de material de transporte. Por outro lado, a indústria metalúrgica, mecânica e eletroeletrônicos registraram resultados negativos de -3.077, -2593 e -373, respectivamente.
Via Subseção Dieese – CUT Nacional