Sindipetro-BA
Deu xabu a expectativa que os dirigentes do Sindipetro Bahia tinham do encontro da última sexta-feira (1º), com o GG da UO-BA – este desmarcou em cima da hora sua participação – e os gerentes Marcelo Sá, que veio do Rio de Janeiro, Roberto Caetano (SSP\RNNE), Jacson (Gapre\SE) e Lúcia (RH).
Diante do esperado e que mais uma vez não aconteceu – os gestores assumirem suas responsabilidades – a insegurança nas unidades da UO-BA não somente continua, mas também o caos não tem prazo para ser atacado de frente, como exigem os trabalhadores.
Os fatos desmoralizam a todos, pois até mesmo o “anúncio” da “maquiagem” nas estações abandonadas e inseguras – todas – não saiu das intenções, apesar das garantias dadas por Cal Figueiredo e Tuerte, na última sexta (22), quando o sindicato e trabalhadores promoveram atos de protesto e paralisação pela morte do vigilante Cláudio Silva (MAP).
Eles até que tentaram vender a propaganda de que já executaram medidas para reduzir a insegurança, mas os diretores André Araújo, Deyvid Bacelar, Gilson Morotó, Henrique Crispim, Leonardo Urpia, Romilson Soares, Agnaldo Soares e Walter Jr contestaram a eficácia de tais medidas, justificando que as ações criminosas continuam em escala crescente, inclusive levando a mortes nas unidades da UO-BA.
Os diretores do Sindipetro insistiram na cobrança de investimentos nas instalações e implantação de outros recursos que efetivamente garantam a segurança dos trabalhadores. Segundo Deyvid Bacelar, um fato que chamou a atenção foi o relato do gerente nacional Marcelo Sá, de que no E&P o foco geralmente ocorre na produção, deixando-se de lado a segurança.
No Refino, no entanto, algumas refinarias já possuem maior segurança do que as estações da UO-BA, por terem tecnologia mais avançada, como cercas eletrificadas e sensoreadas e sistema de monitoramento por CFTV com câmeras avançadas.
No jogo do empurra-empurra, a gerência da Segurança Patrimonial informa que a responsabilidade pela segurança da Unidade é do próprio gerente geral,cabendo ao GAPRE elaborar, mediante solicitação, os estudos e ao SSP fornecer mão de obra para realizar os serviços de vigilância.
Para a direção do sindicato, fica comprovado de que as deficiências na segurança das instalações da UO-BA são da exclusiva responsabilidade do GG. Enquanto isso, a SSP é culpada por se omitir e não utilizar uma prerrogativa sua: não assumir ou retirar um posto de vigilância que não oferece a menor condição de segurança.
A direção do Sindipetro reafirma que já foram elaborados pelo GAPRE e apresentados ao GG diversos estudos para se efetivar instalações adequadas de segurança, a exemplo da Estação Almeida, mas os projetos estão “engavetados” pelo atual gerente da UO-BA, sob a alegação de “falta de verbas”, o que sabemos não corresponder à verdade.
Portanto, está claro que Tuerte Amaral, Cal Figueiredo e Roberto Caetano, por ação ou omissão, põem em risco a vida dos trabalhadores e de seus familiares.
Basta de tanto descaso
A direção do Sindipetro Bahia voltou a campo para mostrar a falácia do discurso da SSP, UO-BA e UO- CAN quando o assunto é segurança. O descaso não tem limites e o que se vê em todas as bases é omissão e irresponsabilidade, fatos que serão levados ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho, ao Ministério do Trabalho e Emprego e encaminhado dossiê à presidente da Petrobrás, Graça Foster.
As estações de Pedra Branca, Palmeira, Caxis, Dom João, Macape, São Paulo e Socorro é um festival de irregularidades e tem de tudo, desde conteiners abrigando vigilantes e operadores sem as devidas condições, cercado de material plástico ou arame farpado destruído, vigilantes ao sol e chuva, falta de guaritas protegidas ou as que existem em precárias condições, falta de câmeras e monitoramento eletrônico e transformadores de energia elétrica próximos a abrigos improvisados, a anunciar novas tragédias.
A pergunta que não quer calar é: ATÉ QUANDO TEREMOS TANTA IRRESPONSABILIDADE NA PETROBRÁS DA BAHIA¿