Brasileiros vão às ruas contra o retrocesso e as privatizações!

Ato público quinta-feira (21), em frente à Petrobrás. Concentração às 15 horas, na Candelária





Imprensa da FUP

“Estão fazendo contigo o que fizeram com Getúlio, com Juscelino, com João Goulart”, disse Lula à Dilma, referindo-se à campanha difamatória da extrema direita.

O trabalhador e o povo humilde têm sido protagonistas das transformações sociais que mudaram o rumo do país nos últimos oito anos. Isso incomoda, e muito, as elites e as classes dominantes, que jamais permitiram tamanha ousadia ao povo brasileiro.  Não podemos nos descuidar e deixar que a direita desconstrua nossas conquistas e nossos sonhos.   Estamos lutando por um país melhor, mais fraterno, mais justo. Não podemos vacilar.

Vamos às ruas, nos mobilizar para barrar o retrocesso! Na quinta-feira, 21, os movimentos sociais, sindicais e estudantis realizarão uma grande manifestação no Rio de Janeiro, em defesa do patrimônio público e contra o projeto privatista de José Serra (PSDB/DEM). A concentração será às 15 horas, na Candelária, de onde os manifestantes sairão em passeata até a sede da Petrobrás, empresa que é símbolo de resistência popular e que, mais uma vez, está na mira dos entreguistas.

A FUP convoca os sindicatos a enviarem caravanas para este importante ato público, que contará com a participação de trabalhadores de várias categorias, estudantes e militantes da CUT, CTB, UNE, MST, Coordenação dos Movimentos Sociais, entre outras entidades populares. O ato de q  uinta-feira, no Rio, soma-se a várias outras manifestações que as centrais sindicais e os movimentos sociais têm organizado para denunciar as intenções privatistas de José Serra e o retrocesso que significará para o povo brasileiro o retorno dos tucanos e demos ao poder.

O projeto político de José Serra prevê o desmonte do Estado, privatizações, esfacelamento dos programas sociais e serviços públicos, ataque aos direitos trabalhistas, criminalização dos movimentos sociais, ataque à soberania nacional, entre outros retrocessos. E a Petrobrás é o principal alvo dos tucanos e demos. David Zylberstajn, assessor de José Serra e responsável por suas propostas para o setor de energia, defende explicitamente o regime privatista de concessão dos blocos de petróleo e gás.  Ele declarou recentemente que a aliança PSDB/DEM não manterá a Petrobrás como operadora única do pré-sal e criticou o aumento da participação do Estado na empresa.  Zylberstajn presidiu a ANP no governo Fernando Henrique Cardoso/Serra e foi um dos mais ferrenhos defensores da privatização da Petrobrás. Partiu dele, por exemplo, o projeto de venda de ativos da estatal, como a entrega dos 30% da Refap e a tentativa de redução do controle da Petrobrás em outras unidades de refino, como Reduc e Fafen. 

A FUP e os movimentos sociais defendem o monopólio estatal do petróleo, através da Petrobrás 100% pública, como estabelece o projeto de lei 531/2009, que está em tramitação no Senado.  O Estado deve ter controle integral sobre o setor petróleo, mas não podemos desconsiderar que o regime de partilha, proposto pelo atual governo, é um avanço importante em relação ao modelo de concessões herdado dos tucanos e demos. Se este regime privatista for aplicado em toda área do pré-sal, como anuncia o assessor de Serra, significará um prejuízo imenso para o país e as futuras gerações de brasileiros. Nenhuma empresa petrolífera privada do mundo investiria US$ 260 milhões, como fez a Petrobrás no primeiro poço perfurado do pré-sal. Os tucanos e demos já tentaram privatizar a estatal no passado e querem terminar o que começaram. É nas ruas e nas urnas que os trabalhadores irão barrar o retrocesso.