Brasil supera banda larga precária e é 3º em uso de redes sociais

O Brasil ocupa a terceira posição em páginas visitadas nas redes sociais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia…





 O Estado de São Paulo

O Brasil ocupa a terceira posição em páginas visitadas nas redes sociais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia. No portal de vídeos do YouTube, o país também não faz feio. Está entre os cincos maiores usuários no mundo.

Os dados são da consultoria americana comScore, especializada em serviços on-line. Fundada em 1999 e com ações listadas na Nasdaq desde 2007, a empresa acompanha mais de três milhões de sites em 170 países.

Nesta semana Greg Dale, diretor global de operações e também um dos fundadores da comScore, chega a São Paulo para apresentar em detalhes o retrato do consumo digital dos brasileiros. Ele será um dos palestrantes do ProXXima — evento sobre negócios da comunicação digital que acontece nesta quarta e quinta-feira.

Segundo dados da consultoria, mesmo com as limitações de infraestrutura, a audiência da internet no Brasil cresce 20% ao ano — a média mundial é de 8%. E há mais de 40 milhões de brasileiros que acessam a internet em casa ou no trabalho, o que torna o País o oitavo mercado do mundo entre os maiores consumidores de bit e bites.

Potencial

Dale diz que o País é uma das principais apostas da empresa. “É o maior mercado na América Latina, uma região que é muito importante para nossos planos de expansão. O Brasil cresceu mais que os outros países da região e tem o nosso maior escritório comercial”. 

Instalada em São Paulo, a filial da empresa americana tem no portfólio 70 clientes — entre agências de propaganda, portais, empresas de comunicação e companhias dos setores automobilístico, aéreo e varejo — para os quais monitora 40 mil sites e canais online. A comScoreé concorrente da consultoria Ibope Nielsen Online (joint-venture entre a empresa de pesquisas brasileira Ibope e americana Nielsen).

Uma das maiores preocupações dos executivos de marketing das companhias é medir e controlar os resultados de seus investimentos — ainda mais com a enorme segmentação do universo digital. Por isso mesmo, mais do que registrar a audiência on-line, as empresas que prestam serviços nesse setor se esmeram em vender capacidade de análise dos resultados de forma a tornar eficiente a aplicação das verbas publicitárias. 

Greg Dale, porém, não foge à regra da pregação usual do meio marqueteiro. Segundo ele, campanha para dar resultado de vendas tem que casar ações on-line e off-line. “Fizemos uma pesquisa significativa sobre construção da marca on-line e concluímos que o clique não poder ser métrica para avaliar o desempenho de uma campanha on-line, porque poucas pessoas realmente clicam em anúncios.”