Bolsonaro não é bem-vindo à Bahia

Em busca de votos de quem sempre menosprezou, Bolsonaro chega à Bahia no 2 de Julho para participar de mais uma das suas motociatas e visitar o Canteiro de São Roque do Paraguaçu, local que já foi palco de desenvolvimento e geração de empregos no governo de Dilma, mas foi abandonado pelo governo Bolsonaro que preferiu orientar a Petrobrás a construir plataformas fora do Brasil.

Nos quase quatro anos do seu mandato como presidente, Bolsonaro deixou bem claro o que pensa dos nordestinos. Não foram poucas as falas preconceituosas. Ao se referir ao povo do Nordeste, Bolsonaro costuma usar com frequência expressões pejorativas como “pau de arara”, “cabeçudo”, “paraiba” e muitas outras. Chegou a dizer que a única coisa boa do Maranhão é o presídio de Pedrinhas.

Em uma live, o presidente disse, às gargalhadas, que é “vantajoso comprar carro na Bahia porque já vem com o freio de mão puxado”. Mas além das falas preconceituosas há algo muito pior que é o prejuízo que o governo Bolsonaro deu ao povo baiano e à economia da Bahia através da perseguição implacável a este estado do Nordeste.
Deliberadamente, Bolsonaro e Guedes usaram a Petrobrás para prejudicar o governo do estado da Bahia e, consequentemente, os baianos.

Perseguição ao povo baiano

Por causa do governo Bolsonaro, que privatizou a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), os baianos pagam hoje o combustível mais caro do Brasil. O gás de cozinha teve o quarto aumento este ano na Bahia, chegando a custar R$ 139,00 o botijão de 13 kilos. Isto porque com a venda da RLAM foi criado um monopólio privado de petróleo na Bahia, onde a Acelen, do grupo árabe Mubadala, que administra a refinaria, dita os preços dos derivados de petróleo, sem nenhuma concorrência. Mas Bolsonaro foi avisado que isto iria acontecer.

Mas as maldades contra os baianos não pararam por ai. Durante seu mandato, Bolsonaro vem travando as verbas federais destinadas à Bahia, obrigando o governo do estado a arcar com investimentos que, historicamente, eram bancados pelo orçamento da União.

Paralelo a isto, trabalhou, com afinco, para reduzir os investimentos na Bahia, através da Petrobrás: privatizou diversos campos de produção de petróleo e gás da estatal, arrendou a fábrica de fertilizantes (Fafen) e fechou o Torre Pituba, prédio onde funcionava o administrativo da Petrobrás, e que empregava centenas de trabalhadores próprios e terceirizados. O resultado veio a galope: milhares de postos de trabalho perdidos e redução do pagamento de impostos para a Bahia.

Para os trabalhadores, e não só para os petroleiros, Bolsonaro tem sido perverso: emplacou a reforma da previdência, afetando toda a classe trabalhadora, reduziu os investimentos na agricultura familiar e dificultou o acesso desse setor às linhas de crédito, prejudicando muito a Bahia que é o estado que tem o maior número de pequenos agricultores do Brasil.

São por estas e muitas outras atitudes que Bolsonaro não é bem-vindo à Bahia. Não fez absolutamente nada pelo povo baiano. Só prejudicou.

Na Bahia, fascista não se cria.

[Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia]