Corre na rádio peão da Replan que o gerente geral da refinaria se reuniu, dias atrás, com os gerentes de produção e os setoriais para discutir a redução do efetivo. De acordo com os boatos, a medida seria uma instrução corporativa realizada em conjunto com a sede.
A informação preocupa o Sindicato, já que muitos trabalhadores estão deixando a refinaria por conta do PIDV e, em muitos casos, não está havendo tempo hábil para a reorganização dos setores. “Esse PIDV foi extremamente mal elaborado em relação ao período de transição”, afirmou o coordenador da Regional Campinas do Unificado, Gustavo Marsaioli.
Segundo ele, o primeiro programa de demissão voluntária da Petrobrás dava um prazo maior para a transmissão de conhecimentos e reorganização das unidades. “Ao contrário desse, que permite que trabalhadores saiam da empresa em menos de um ano. É um prazo muito curto para os setores se reorganizarem”, declarou.
Marsaioli lembrou que a empresa havia garantido que logo após o PIDV faria um novo Mobiliza (programa de transferências internas) para readequar os setores. O programa realmente foi lançado, mas só abriu vagas para o pessoal da EP (Exploração e Produção). “Não há clareza sobre o que vai acontecer no abastecimento”, argumentou.
Toda essa situação tem causado bastante preocupação aos trabalhadores. “Primeiro, a empresa anuncia a venda de ativos, depois as ‘parcerias estratégicas’ e agora cogita a possibilidade de redução de efetivo, sem apontar soluções para o problema. É uma sucessão de acontecimentos que só serve para aumentar a insegurança do pessoal”, comentou o dirigente.
Ele destacou que o Sindicato está atento e acompanhando de perto os acontecimentos para tomar as medidas que forem necessárias. “Estamos de olho e aguardando um posicionamento da Replan, que, até o momento, não anunciou como pretende de fato resolver o problema do número mínimo, que está sendo gerado pelo PIDV”, concluiu.
Sindipetro Unificado de São Paulo