FUP foi a primeira entidade sindical a denunciar e a se articular contra manobra da empresa
Imprensa da FUP
Esta semana, durante a reunião da Comissão Nacional Permanente de Benzeno (CNPB), em Porto Alegre, os petroleiros, através da bancada dos trabalhadores, voltaram a se articular contra os ataques da Petrobrás e demais empresas aos critérios qualitativos das medições dos níveis de benzeno. Os representantes da FUP denunciaram os casos de trabalhadores da Rlam contaminados, alguns deles em situação de risco de morte. A CNPB fará uma visita técnica à refinaria no início de março, quando haverá a próxima reunião da Comissão, em Salvador.
A FUP foi a primeira entidade sindical que denunciou desde o início a tentativa da Petrobrás em impor um limite de tolerância ao benzeno. No final de março, a Federação tomou conhecimento de um documento enviado pela empresa ao Ministério do Trabalho, onde propôs a "rediscussão dos critérios de caracterização de risco da exposição ocupacional ao benzeno". A manobra foi denunciada na edição 984 do Primeira Mão. A FUP, junto com a CUT e a CNQ, levou o fato à Comissão Nacional de Benzeno e começou a se articular contra o ataque da Petrobrás.
Nos dias 04 e 12 de maio, a Federação reuniu-se, respectivamente, com representantes do Ministério do Trabalho e o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para criticar a postura da Petrobrás e denunciar o objetivo da empresa de limitar o direito do trabalhador à aposentadoria especial, reduzindo custos com o recolhimento previdenciário. A FUP, através de seus representantes na bancada dos trabalhadores, pautou esta questão na reunião da CNPB, que reuniu-se em julho, em Vitória. Na campanha reivindicatória, a Petrobrás também tentou impor o limite de exposição ao benzeno no acordo coletivo. Mas, a FUP e seus sindicatos deixaram claro durante o processo de negociação que não tinha acordo com esse ponto e a empresa retirou a cláusula já na sua segunda proposta.
A luta por um ambiente saudável de trabalho, sem exposição ao benzeno e a qualquer outro agente nocivo, sempre pautou e continuará pautando a categoria em suas campanhas reivindicatórias e nas lutas diárias.