Barrar a privatização da Petrobrás é o eixo central do 17º Confup, que acontece de 03 a 06 de agosto, na Bahia

A campanha “Privatizar faz Mal ao BRasil”, que marcou a luta dos petroleiros no governo FHC contra a entrega da Petrobrás e de outras estatais brasileiras, foi resgatada pela FUP e será tema do seu 17º Congresso. Cerca de 400 trabalhadores participarão do evento, que será realizado entre os dias 03 e 06 de agosto, em Salvador, na Bahia.

O Congresso acontece em um momento de grandes desafios para a classe trabalhadora e, em especial, para os petroleiros que enfrentam o maior ataque da história da categoria. Além da privatização que atinge todo o Sistema Petrobrás, os trabalhadores lutam contra o desmonte de direitos e o fechamento de postos de trabalho, que coloca em risco a vida não só dos petroleiros, como das populações que vivem nos entornos das unidades operacionais.

“Privatizar faz Mal ao BRasil” foi o mote de resistência usado pela categoria no início dos anos 2000, quando Pedro Parente, então ministro de FHC e integrante do Conselho de Administração da Petrobrás, iniciou o processo de privatização das refinarias, alienando 30% da Refap para a multinacional Repsol, em uma negociata que causou prejuízos de mais de US$ 2 bilhões à companhia.

Nessa mesma época, ele também aprovou a mudança de nome da Petrobrás para Petrobrax e uma série de outras medidas que tinham por objetivo o sucateamento da empresa para facilitar a sua privatização. Hoje, Parente corre contra o tempo para concluir o que não terminou no passado: vender toda a estatal, das subsidiárias, aos campos de petróleo e refinarias.

Por isso, o 17º Confup será um Congresso decisivo para os petroleiros, com debates políticos fundamentais e discussões de estratégias para enfrentar os desafios da atual conjuntura, tanto no campo das lutas sociais, quanto nas questões relacionadas ao setor petróleo e aos direitos da categoria. As mesas de debates abordarão temas como a resistência aos ataques contra os direitos dos trabalhadores, as ações para barrar o golpe jurídico, parlamentar e midiático, a luta por igualdade de gênero, a articulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático e a defesa da Petrobrás.

Entre os convidados que integrarão as mesas de debates estão ideranças sociais, como João Pedro Stédile (MST), Guilherme Boulos (MTST) e Wagner Freitas (CUT), o jornalista Mino Carta, o jurista Pedro Serrano, o economista e diretor do Dieese, Clemente Ganz, os acadêmicos Denise Gentil (UFRJ), Bianca Daebs (UFBA) e Eduardo Pinto (UFRJ e Geep/FUP), além dos deputados Paulo Pimenta (PT/RS) e Alice Portugal (PCdoB/ BA) e o ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli.

O Congresso Nacional da FUP também elegerá a nova diretoria da entidade para o triênio 2017-2020. O evento será realizado no Hotel Fiesta, no bairro Pituba. Conheça a programação completa:

 

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