No inicio da noite da quarta-feira (8), por volta das 18h, trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves, que aguardavam a partida do ônibus da empresa, no transbordo do bairro de São Gonçalo (acesso norte), em Salvador, passaram por momentos de terror ao serem surpreendidos por três assaltantes, que de armas em punho, ameaçaram e levaram os pertences dos funcionários.
O motorista do ônibus e os trabalhadores registraram queixa na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), onde relataram que após o roubo, os assaltantes fugiram em um Gol prata, que aguardava próximo ao local. O assalto aos funcionários da RLAM foi noticiado pelo Jornal Correio da Bahia (veja matéria).
O problema da insegurança em alguns pontos de transbordo já foi relatado pelos trabalhadores, através do Sindipetro Bahia e da CIPA, para a gerência da refinaria, que até o momento não apresentou nenhuma solução para este grave problema. De acordo com os funcionários, os piores locais são o Posto TIC (na ida para a refinaria) e o Posto Shell, localizado na Avenida San Martin. Os trabalhadores reclamam que os locais são desertos em determinados horários e que muitas vezes eles ficam sozinhos aguardando o transporte e expostos ao perigo. “Nos dias de domingos e feriados, piora mais ainda, pois o acesso ao posto está fechado e ficamos na beirada da BR”, reclamam.
Felizmente não ocorreu algo pior, mas os trabalhadores ficaram tão traumatizados que não conseguiram embarcar no ônibus para a refinaria. Ainda em choque com a situação – pois tiveram armas apontadas para as suas cabeças – , eles solicitaram da gerência da RLAM que fosse dado um tempo para que se recuperassem. Criou-se um impasse que acabou sendo resolvido pelo Sindipetro Bahia na noite da quinta-feira (9). A direção da entidade sindical entrou em contato com o RH da refinaria e conseguiu que os trabalhadores fossem liberados e retornassem para as suas casas.
O Sindipetro Bahia e a CIPA da refinaria estão solicitando reunião com a gerência e o RH da RLAM para que seja providenciada, de forma imediata, a mudança dos locais de transbordo mais perigosos que já foram apontados pelos trabalhadores e também de outros que possam oferecer perigo. O Sindipetro espera que a reunião aconteça o mais breve possível, pois o assunto é sério e se não for resolvido rapidamente pode ocorrer uma tragédia. O assalto pode se transformar em um latrocínio. É isso que a entidade sindical quer evitar.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]