Sindicatos de trabalhadores do setor bancário realizaram hoje (13) um Dia Nacional de Luta por Emprego e Contra as Demissões, denunciando a redução de postos de trabalho e a falta de disposição dos banqueiros para negociar. Em São Paulo, a manifestação começou na Avenida Paulista e prosseguiu com uma caminhada até a praça do Patriarca, no centro da capital. Os manifestantes portavam cruzes simbolizando os postos de trabalho fechados, vestiam preto e distribuíam panfletos para a população, explicando as reivindicações.
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancário de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a manifestação foi uma resposta à negativa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em discutir a questão da queda do emprego no setor, durante reunião na semana passada. “No primeiro trimestre, os três grandes bancos, Itaú, Santander e Bradesco, fecharam 4.086 postos, dos quais 3.777 no Itaú. Não é justa essa situação em um setor da economia que teve lucro de mais de R$ 19 bilhões este ano”, diz. Os manifestantes exigiram também o cumprimento da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a dispensa imotivada.
Juvandia afirmou que a mobilização de hoje foi apenas simbólica, mas que a categoria, com data-base em 1º de setembro, não descarta uma mobilização de massa caso as negociações não avancem. “Vamos cumprir nossa agenda e esperamos que os empresários se disponham a negociar. Seguiremos mobilizados na atual campanha”, completou.
Dentre as reivindicações, além da proteção do emprego, a categoria exige 5% de aumento real e 5% de reposição conforme inflação projetada, participação nos lucros ou resultados (PLR) fixa de três salários mais R$ 4.961,25 e respeito à jornada de seis horas, entre outras demandas. A campanha salarial começou no último dia 1º e a próxima reunião com a Fenaban está agendada para dias 15 e 16.