Bancários lançam campanha salarial com passeata na Rio Branco

Os bancários realizaram na terça-feira, 17, o ato de lançamento da campanha nacional da categoria…





CUT-RJ

Os bancários realizaram na terça-feira, 17, o ato de lançamento da campanha nacional da categoria. A atividade começou por volta das 11 horas, com uma passeata da Candelária à Cinelândia. Os sindicatos denunciaram à opinião pública os abusos cometidos pelos bancos contra funcionários e clientes. A manifestação teve carruagens e cavalos com alegorias e atores da Companhia de Emergência Teatral, que representavam os “sete pecados capitais “ dos banqueiros (avareza, ira, inveja, soberba, luxúria, preguiça e gula). O ato chamou a atenção de populares, que fotografavam o evento através de seus celulares. A TV Brasil fez a cobertura jornalística do evento.

“Os bancos lucraram mais de R$21 bilhões somente neste primeiro semestre. Os banqueiros têm a obrigação moral de atender às reivindicações da categoria, pois são os trabalhadores que produzem toda essa riqueza. Além de melhor salário, mais PLR e o piso do Dieese, queremos o fim do assédio moral e melhores condições de saúde e de trabalho”, disse o presidente do Sindicato do Rio, Almir Aguiar. O sindicalista lembra que a luta dos bancários é de toda a sociedade. “A população precisa saber que as filas nas agências e o atendimento precário são fruto da política de demissões nos bancos. Defendemos a contratação de mais funcionários para melhor atender aos clientes e de juros e tarifas mais baratos”, completa.

O diretor do Sindicato Vinicius de Assumpção ressaltou a importância da unidade da categoria: “Precisamos manter a unidade nacional, que desde 2003 tem sido o segredo do êxito de nossas campanhas salariais”.

Entrega da Minuta

Após a passeata, os sindicalistas foram à sede do Sindicato dos Bancos, na Rio Branco, 81, para entregar a pauta de reivindicações da categoria. Os bancários reivindicam 11% de reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$4 mil e piso de R$2.157,88. Para o tíquete-refeição, a cesta-alimentação e o auxílio-creche/babá, os trabalhadores querem o valor de um salário mínimo (R$510).

A categoria quer ainda o fim do assédio moral, mais investimentos em saúde e segurança, contratação de mais caixas para melhorar o atendimento à população e a regulamentação  do Artigo 192 da Constituição Federal, através de um projeto de lei complementar que crie regras para as operações do sistema financeiro e garanta a participação de representantes da sociedade no Conselho Monetário Nacional.

“Vamos construir uma campanha forte e arrancar um acordo coletivo digno, mas, para isso, é fundamental a participação dos bancários nas atividades do Sindicato”, destaca o diretor do Sindicato Marcelo Pereira.