Rede Brasil Atual
Funcionários do Banco do Brasil em todo o país irão realizar uma série de paralisações ao longo de abril em protesto ao novo plano de funções implementado pela direção da instituição financeira, que, de acordo com a categoria, traz perdas salariais e redução das comissões dos trabalhadores. As datas ainda não estão definidas.
O objetivo é forçar a diretoria da empresa a abrir um processo de negociações para rever o plano. Para o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a medida – que começou a vigorar em janeiro – faz com que escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressem na função com salários menores e sem garantia de reajustes. Segundo o órgão, os assistentes recém-promovidos que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25%.
O BB lançou um comunicado ontem (20), no qual afirma que o plano “valoriza os funcionários”. Segundo a nota, ele proporciona “aumento de 12% no valor da hora de trabalho, para quem optar pela jornada de seis horas. Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas redução do número de horas trabalhadas a serem pagas”.
O banco se posicionou após uma paralisação de uma hora que ocorreu em 25 agências em São Paulo, na região central e da Avenida Paulista, entre outras manifestações. No protesto, pelo menos 370 trabalhadores atrasaram a abertura das agências. “A medida mexe com verbas de funções comissionadas e traz prejuízos futuros para os trabalhadores”, afirmou o secretário de Imprensa do sindicato, Ernesto Izumi.
Em 7 de março, os bancários fizeram uma paralisação de 24 horas. O sindicato de São Paulo mantém um plantão de advogados à disposição dos funcionários do Banco do Brasil, para oferecer assessoria jurídica aos que tiveram seu salário reduzido com a alteração nas comissões.