Conferência estadual dos trabalhadores bancários de Sâo Paulo, realizada neste sábado (19), no centro da capital, votou a pauta de reivindicações que será levada ao debate entre os dias 25 e 27 julho, quando ocorre a Conferência Nacional da categoria, em Atibaia (São Paulo). Entre as prioridades apontadas está o índice de 12,1% de aumento salarial (reajuste com inflação estimada mais aumento real de 5%).
Além do reajuste, a categoria também fará incluir na pauta final – a ser apresentada ao setor patronal em agosto – cláusulas de combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, ampliação de empregos no setor e fim das demissões nos bancos privados.
Os 336 delegados sindicais presentes – eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias – também definiram o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25.
Como forma de ampliar a divisão dos lucros entre os trabalhadores, a PLR defendida pelos bancários de São Paulo será de três salários mais R$ 6.225 de parcela fixa adicional. A categoria também vai reivindicar o pagamento do 14º salário.
“Enquanto o PIB Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado, para o setor financeiro o crescimento foi de 2,6%. Somente o lucro dos cinco maiores bancos do país aumentou 15% neste período”, explicou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que também abrange a categoria das cidades de Osasco e região. “Os trabalhadores são os responsáveis por esse excelente resultado no setor e vamos manter na nossa campanha as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho”.
A pauta geral da classe trabalhadora também foi debatida e aprovada, como a Reforma Política, democratização dos meios de comunicação e combate a terceirização e precarização das condições de trabalho.
A data base da categoria é 1º de setembro.
Lucro dos bancos
Segundo nota distribuída pelo sindicato, o lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,6 bilhões, com crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 11,4% no período, atingindo o valor de R$ 24,3 bilhões.
Fonte: Rede Brasil Atual