Os petroleiros da Bahia honraram a tradição de luta e resistência que sempre esteve presente na história da categoria. Com uma adesão à greve pelos empregos e segurança acima da média nacional, os trabalhadores do turno, do administrativo e do sobreaviso do Sistema Petrobrás, assim como os terceirizados, mostraram que têm consciência do que está em jogo nesse momento tão adverso e da importância de manter viva a luta por uma Petrobras pública, que garante mais investimentos para o Brasil, os empregos e a soberania nacional.
A greve na Bahia atingiu todas as unidades do Sistema Petrobrás, que estão espalhadas em 21 cidades do estado. Mas a distância entre as unidades, que dificulta o trajeto, não impediu a diretoria do Sindipetro de acompanhar durante 24 horas a movimentação nessas áreas.
A entidade sindical utilizou toda a sua estrutura para garantir que o movimento fosse forte nas unidades operacionais, cumprindo as deliberações das assembleias que aprovaram a greve.
Conseguimos também, através da imprensa, esclarecer a sociedade sobre os motivos do movimento paredista, ao mesmo tempo que mostramos as consequências da privatização de uma empresa como a Petrobrás.
Por outro lado, tivemos que enfrentar a política antissindical da atual gestão da Petrobras, que tentou de todas as formas cercear a greve da categoria, um movimento legítimo e garantido por lei.
Até a Polícia Militar foi chamada para intimidar os grevistas.
Em apenas dois dias recebemos denúncias de assédio e pressão por parte da gerência da Petrobras. Também chegou ao conhecimento do Sindipetro vários casos de cárcere privado, principalmente na RLAM e na UO-BA. Reiteramos que não há nenhuma justificativa para que a gerência da empresa mantenha o trabalhador dentro da unidade contra a sua vontade.
A direção do Sindipetro se compromete a continuar lutando em defesa da categoria, de seus empregos e direitos, assim como pela soberania nacional e pela liberdade e autonomia sindical.
Parabenizamos a categoria e agradecemos pela confiança depositada na direção da entidade, ressaltando que a luta apenas começou.
Diretoria do Sindipetro Bahia