CUT
O ano de 2012, além das diversas lutas e mobilizações construídas pela militância CUTista, também foi marcado pela realização do 11º CONCUT que contou com ampla participação de delegadas e delegados de todos os estados e ramos – mais de 2.500 companheiras e companheiros. O Congresso teve como tema “Liberdade e autonomia sindical: democratizar as relações de trabalho para garantir e ampliar direitos”, e constitui-se em um momento importante para aprofundarmos a reflexão e as propostas sobre nossa concepção de desenvolvimento, tendo como eixo central o trabalho – com mais empregos, direitos e salários, distribuição de renda e democratização do Estado.
O 11º CONCUT também foi um momento de aprofundar a atualização do projeto organizativo da Central, reafirmando a lutapela liberdade e autonomia sindical, além de reforçarmos nossa estratégia de ampliação da relação com os movimentos sociais. Ainda, foi deliberado que“a sustentação financeira tem papel central na definição da estratégia de atualização do projeto organizativo da CUT e na luta pela mudança da estrutura sindical brasileira. As finanças, em qualquer organização sindical, devem estar a serviço da implementação do projeto político da entidade, definido por suas instâncias de decisão, através das resoluções aprovadas democraticamente em Congressos, Plenárias, Assembleias e demais instâncias deliberativas”.
As resoluções do Congresso, conforme expresso no caderno que está disponível em nossa página (www.cut.org.br), nos arma para a disputa de propostas em todos os âmbitos. Todos nós, homens e mulheres que acreditam e lutam por um mundo melhor têm a responsabilidade de divulgá-las em seus espaços de atuação para que possamos, efetivamente, avançar rumo à sociedade que almejamos.
Secretaria de Finanças e Administração
Temos como princípio a concepção de que a política financeira estatutária de nossa Central deve ser tratada como uma prioridade política e estratégica, dentro de uma gestão que se constitua de maneira participativa e compartilhada.
Desta maneira, como uma das primeiras iniciativas do mandato à frente da Secretaria Nacional de Administração e Finanças – SAF, realisamos um seminário nacional de finanças que contou com a participação dos/as respectivos/as secretários/as das Estaduais da CUT e dos Ramos. Na pauta, a discussão da autossustentação financeira da Central – Nacional, Estaduais e Estrutura Vertical, incluindo nossas Escolas Sindicais, Observatório Social, ADS, INST e o Centro de Formação Canto da Ilha.
Os debates – do CONCUT e do seminário nacional – apontam para muitos desafios a serem enfrentados. Destacamos a necessidade de ampliar a arrecadação da CUT, corrigir e atualizar as mensalidades, diminuir a inadimplência e ampliar a participação das entidades filiadas nas atividades e instâncias da Central, como também ampliar a sindicalização e o número de entidades filiadas. Também é preciso melhorar a estrutura física das sedes de nossas Estaduais e promover uma agenda de debates sobre o sistema de contribuição dos rurais e de outras questões específicas.
Orçamento Participativo – OP
Queremos um sindicalismo cada vez mais enraizado na base, organizado no local de trabalho e que se sustente com as contribuições voluntárias, democraticamente decidida pelos/as trabalhadores/as. A sobrevivência da entidade sindical, sua autossustentação financeira, depende de sua credibilidade e de suas lutas. É preciso que os/as trabalhadores/as sintam que sua Entidade de representação sindical lhes diz respeito, arrecada e investe os recursos de acordo com seus interesses.
O equilíbrio financeiro para nós CUTistas é um objetivo a ser alcançado na perspectiva de fortalecimento de nossa estrutura política, dos nossos princípios de solidariedade de classe. A partir deste equilíbrio conseguiremos viabilizar a ampliação de nossos investimentos em lutas e mobilizações.
Entendemos que o orçamento participativo é um instrumento adequado para tornar a gestão financeira mais democrática e transparente, com fortalecimento da direção e da base da entidade paraconstruir uma gestão participativa, descentralizando os recursos e com informações ao alcance de todos/as. Assim equaciona-se a vontade política de realizar com a capacidade financeira de executar, integra-se o planejamento político com o planejamento financeiro. O orçamento participativo pode ser uma ferramenta para ampliar a conscientização e a solidariedade de classe.
A construção do orçamento participativo é nosso desafio para 2013. Pretendemos apresentar, a partir dos debates do seminário nacional e das contribuições do grupo de trabalho constituído pelas Estaduais da CUT e pelos Ramos, uma proposta para ser debatida e deliberada na reunião da Direção Nacional da CUT no primeiro trimestre do ano.
A partir desta aprovação, vamos realizar plenárias nos estados e regiões para socializarmos o conhecimento de nossa estrutura de arrecadação e investimentos, fazermos um diagnóstico de nossa estrutura, discutirmos iniciativas para ampliar nossa arrecadação e decidirmos coletivamente nossas prioridades.
Pretendemos com o OP criar as condições para aprofundarmos o debate e a reflexão dos nossos principais desafios e para obtermos avanços efetivos na organização e ação, em sintonia com a estratégia da CUT, fortalecendo a integração entre a CUT Nacional, as Estaduais da CUT e os Ramos.
Nesta construção coletiva contamos com a participação e o engajamento de todos/as.SOMOS FORTES! SOMOS CUT!